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Política

Preso, Puccinelli tem 'papel central' em organização investigada, afirma a PF

Nova fase chamada Papiros de Lama aponta desvios de R$ 235 milhões

Mayara Bueno | 14/11/2017 10:30
André Puccinelli chegando na Polícia Federal. (Foto: Marcos Ermínio).
André Puccinelli chegando na Polícia Federal. (Foto: Marcos Ermínio).

Com papel central na organização investigada pela Polícia Federal como responsável por desvios de dinheiro, estimado em R$ 235 milhões, o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), foi preso preventivamente pela PF (Polícia Federal) nesta terça-feira (14). A informação acaba de ser confirmada pelo delegado Cléo Mazzotti. Policiais estiveram no começo da manhã no apartamento do ex-governador Puccinelli, de onde saíram por volta das 8h15 levando ele para sede da PF.

"A investigação entende que o ex-governador tinha um papel central até porque era beneficiário e garantidor de todo o esquema". O filho de Pucinelli, André Puccinelli Junior, também está preso preventivamente.

Conforme a PF, a operação tem como alvo uma organização criminosa que teria causado R$ 235 milhões em prejuízos aos cofres públicos.  A 5ª fase da Operação é resultado de delação premiada de Ivanildo da Cunha Miranda, empresário e pecuarista operador do esquema de propina, conforme adiantado pelo Campo Grande News.

Não é a primeira vez que André é alvo desta operação. Na fase passada, a Justiça determinou a colocação de uma tornozeleira eletrônica. Puccinelli foi governador por duas vezes (2007 a 2014) e tinha planos de se candidatar novamente em 2018.

No sábado (18), o PMDB faria convenção estadual que elegeria o ex-governador como presidente do partido.

5ª Fase - Policiais federais, integrantes da CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal deflagraram nesta manhã a 5ª fase. Foram cumpridos seis mandados de condução coercitiva, 24 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas. Além das duas prisões preventivas.

A investigação revelou uso de documentos falsos para justificar a continuidade de contratos. Também foi descoberta a aquisição de ilícita e irregular de produtos e obras, concessão de créditos tributários direcionados, "tudo com a participação de servidores públicos". 

A investigação aponta R$ 235 milhões, levando-se em consideração as fraudes e as propinas pagas a integrantes da organização criminosa.

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