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Cidades

Papiros de Lama investiga uso de documentos falsos em contratos

André Puccinelli (PMDB) é o principal alvo da apuração; policiais federais estão no seu apartamento

Mayara Bueno | 14/11/2017 07:28
Policiais na frente do edifício onde mora o ex-governador de MS, André Puccinelli. (Foto: André Bittar).
Policiais na frente do edifício onde mora o ex-governador de MS, André Puccinelli. (Foto: André Bittar).

A 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, deflagrada nesta terça-feira (14), revelou uso de documentos falsos para justificar a continuidade de contratos. Policiais federais estão nesta manhã na casa do ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), principal alvo da investigação.

A operação é feita em conjunto entre a Polícia Federal, a Controladoria Geral da União e a Receita Federal. Esta fase foi batizada de Papiros de Lama.

Conforme os órgãos de investigação, também foi descoberta a aquisição de ilícita e irregular de produtos e obras, concessão de créditos tributários direcionados, "tudo com a participação de servidores públicos".

Os valores repassados a título de propina eram mascarados com diversos tipos de operações simuladas. "De forma a dar a falsa impressão de licitude ao aumento patrimonial dos integrantes da Organização Criminosa ou de dar maior sustentação financeira aos seus projetos".

A investigação aponta R$ 235 milhões, levando-se em consideração as fraudes e as propinas pagas a integrantes da organização criminosa.

Ainda segundo a Polícia Federal, estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva - o outro seria contra o filho de Puccinelli, André Puccinelli Junior, conforme apurou a reportagem

Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, seis mandados de condução coercitiva, 24 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.

As medidas estão sendo cumpridas em Campo Grande/MS, Nioaque/MS, Aquidauana/MS e São Paulo/SP, com a participação de mais de 300 policiais federais, servidores da CGU e servidores da Receita Federal.

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