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Política

Ex-governador, André Puccinelli é levado para a sede da Polícia Federal

Priscilla Peres e Viviane Oliveira | 11/05/2017 07:06
Policiais estiveram antes das 6h nacasa do ex-governador. (Foto: Airton Raes/Top Midia News)
Policiais estiveram antes das 6h nacasa do ex-governador. (Foto: Airton Raes/Top Midia News)

O ex-governador André Puccinelli (PMDB) foi levado para a sede da Polícia Federal em condução coercitiva na manhã desta quinta-feira (11). Policiais estiveram em sua casa antes das 6h em cumprimento a mandado expedido dentro da Operação Lama Asfáltica.

A quarta fase desencadeada hoje busca cumprir 44 mandados entre prisão preventiva, condução coercitiva e busca e apreensão em quatro cidades de MS e outros dois estados. São investigados fraudes em licitações, superfaturamentos em obras públicas e pagamento de propinas que desviaram valor estimado em R$ 150 milhões.

A Operação Lama Asfáltica foi deflagrada no dia 9 de julho de 2015, neste período, pelo menos 15 pessoas foram para cadeia. Entretanto, todas estão soltas aguardando o resultado das investigações.

Em julho de 2016, a 3ª Vara da Justiça Federal determinou o bloqueio de todo o patrimônio do ex-governador, considerando que ele teria participado de ato de improbidade. Dados sobre valores não foram divulgados na época.

A quarta fase foi intitulada Máquinas de Lama, pois, de acordo com a Polícia Federal, os valores de propina pagos eram justificados com o aluguel de máquinas, geralmente com o único propósito de 'esquentar' os pagamentos.

Também ficou confirmado, conforme a polícia, o envolvimento de servidores públicos e a tentativa de lavagem de dinheiro, com a obtenção de benefícios e isenções fiscais. A Lama Asfáltica investiga o desvio de recursos públicos em licitações, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrupção de agentes públicos.

Os recursos desviados passaram por processos de ocultação da origem, resultando na configuração do delito de lavagem de dinheiro, conforme a PF em nota.

O Campo Grande News tentou contato com o ex-governador, que não atendeu as ligações e com seu advogado, Renê Siuffi, que não comentou o caso.

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