Filho de Puccinelli é levado pela PF na operação Papiros de Lama
Simultaneamente, também é cumprido mandado de prisão preventiva contra o ex-chefe do Executivo estadual
Filho do ex-governador do Estado, o advogado André Puccinelli Junior foi levado por policiais durante a 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, chamada de Papiros de Lama. Segundo apurado pelo Campo Grande News, simultaneamente também é cumprido mandado de prisão preventiva contra o ex-chefe do Executivo estadual.
A ação foi realizada na manhã desta terça-feira (14), na casa do investigado, que fica no prédio Grand Tower, que fica na rua Paulo Coelho Machado próximo ao Shopping Campo Grande, no bairro Santa Fé.
Duas viaturas da Polícia Federal, uma viatura descaracterizada e uma da Receita Federal chegaram ao prédio onde o filho do ex-governador mora antes das 6h. André Puccinelli Junior saiu do local escoltado pelos policiais, mas não estava algemado.
A operação mira uma organização criminosa que teria causado R$ 235 milhões em prejuízos aos cofres públicos.
Segundo a Polícia Federal, são cumpridos dois mandados de prisão preventiva conforme apurou a reportagem. Policiais federais também cumprem dois mandados de prisão temporária, seis de condução coercitiva, 24 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.
As medidas são cumpridas em Campo Grande, Nioaque, Aquidauana e São Paul (SP), com a participação de mais de 300 policiais federais, servidores da CGU (Controladoria Geral da União) e servidores da Receita Federal.
Lama Asfáltica – A quarta fase da Operação Lama Asfáltica foi deflagrada no dia 11 de maio. A Polícia Federal saiu às ruas de Campo Grande e mais cinco cidades para prender três pessoas, levar outras nove para depor e vasculhar 32 endereços em busca de provas contra organização criminosa investigada por desvio de dinheiro público.
A Lama Asfáltica, deflagrada em 2015 com base em investigações que começaram em 2013 e sobre o período de 2011 a 2014, apurou que a organização criminosa causou prejuízo de aproximadamente R$ 150 milhões aos cofres públicos, por meio de fraudes de licitações, desvio e lavagem de dinheiro.
A quarta etapa da operação foi batizada de Máquinas de Lama porque investigadores apuraram que parte dos pagamentos de propina eram feitos por meio do aluguel de maquinário. Outras fases foram nomeadas Fazendas de Lama e Aviões de Lama.