PMDB de MS define entre Dilma ou Eduardo Campos em até 15 dias
O presidente estadual do PMDB, o deputado Junior Mochi, prevê que até o início do próximo mês o partido deverá entrar em um consenso sobre qual candidato presidencial irá apoiar, a presidente Dilma Rousseff (PT), que tem o apoio do governador André Puccinelli, ou Eduardo Campos (PSB), que tem Nelson Trad Filho ao seu lado.
“Estive em Brasília e lá o diretório nacional avaliou a situação de cada estado. Agora será criada uma comissão que vai avaliar estado por estado. Mais 15 dias e vamos encaminhar essa decisão. Afinal até o dia da convenção nacional, no dia 10 de junho, temos que ter essa definição”, revelou Mochi.
De acordo com o presidente regional, a situação é normal, ele tenta não expressar sua opinião pessoal, mas acaba deixando escapar que está mais propenso a apoiar Nelsinho nesta queda de braço. “Entendo que os partidos têm que ter a liberdade nos estados. O governador tem uma dívida de gratidão com a Dilma e tem dito que prefere apoia-la. O Nelsinho defende a candidatura do Eduardo, porque a Dilma tem seu candidato a governador, o Aécio tem o seu, e nós teríamos que ter o palanque nosso a presidência, que seria o Eduardo Campos”, deixa escapar, citando casos parecidos em na Bahia e na Paraíba.
Mochi ainda completa que não vê problema se Puccinelli não abrir mão de Dilma e ajudar Nelsinho. “Acho que não atrapalha em nada o André apoiando a Dilma e subir ao palanque do Nelsinho”, avalia.
Caso contrário, Mochi recomenda Puccinelli a cumprir a hipótese que sugeriu caso o partido não apoiar Dilma, de se licenciar. “Quem não quiser acompanhar o partido, deve se licenciar”, polemiza.
Outro peemedebista na sessão da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Carlos Marun, não vê nada de absurdo na divergência entre André e Nelsinho, mas acredita que a opinião do atual governador irá pesar e independente de qual candidato, está do lado de André. “Minha ideia é de acompanhar o governador Puccinelli. Quem ele apoiar irei estar ao lado dele”, avisa Marun.
Mais curto e direto, Marquinhos Trad diferencia as situações antes de dar sua posição sobre a indefinição no partido. “O André está apoiando a Dilma por uma questão administrativa e sem compromisso eleitoral. Como o Nelsinho vai apoiar a presidente do PT em uma eleição em que ele enfrenta um candidato deste mesmo partido? Não tem como taxar ele por isso, ou por aquilo, por ter escolhido o Campos”, difere Marquinhos.
O deputado vai além e ressalta que independente da situação, jamais apoiaria Dilma Rousseff. “O PT é raivoso, temos o exemplo dos estados de Pernambuco e Minas Gerais, onde a Dilma diminuiu repasse como uma forma de retaliação”, completa Trad.
Vergonha – Junior Mochi se diz envergonhado pelo partido do tamanho do PMDB não ter candidatura própria a presidência. “Não ter um candidato à presidência causou tudo isso. É inaceitável um partido do tamanho do nosso não ter um nome. Após essa eleição devemos começar a pensar em alguém”, critica Mochi.
Marquinhos credita a falta de nomes as má influências do partido. “Estamos sem nomes, porque os maiores e mais conhecidos não são bem vistos pela população, Renan Calheiros e José Sarney”, constata.
André Puccinelli nesta semana já anunciou várias vezes que ele que escolhe quem sobe em seu palanque e tanto ele quanto Nelsinho, não dão indícios de abrirem mão de Dilma e Campos, respectivamente.