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Política

PMDB racha, mas se alia a Dilma; Fábio vê nascer partido “contestador”

Josemil Arruda | 10/06/2014 15:48
Michel Temer e Dilma conseguiram os votos da maior parte do PMDB em MS (Foto: Agência Brasil)
Michel Temer e Dilma conseguiram os votos da maior parte do PMDB em MS (Foto: Agência Brasil)

O PMDB acaba de aprovar, por 398 votos a favor e 275, contra a aliança com o PT para apoiar a releição da dobradinha Dilma Roussef-Michel Temer na disputa presidencial deste ano. Em percentual, o resultado foi de 58% contra 42%.

“É um fato politico de alta voltagem. Foi um número surpreendente de dissidentes. Os mais otimistas falavam em 30%”, analisou o deputado federal Fábio Trad, um dos que votaram contra a aliança com o PT.

Para Fábio, o resultado prognostica o nascimento de um novo PMDB no País. “Significa que nasce um novo PMDB, contestador, altivo”, afirmou o parlamentar. “O PMDB vai ter de reavaliar a aliança com o PT para assumir o protagonismo que lhe cabe”, acrescentou.

A dissidência no PMDB cresceu acentuadamente neste primeiro mandato de Dilma. Há quatro anos, quando tentou a primeira eleição para presidente da República, na convenção do PMDB ela obteve 560 de um total de 660 votos, o que representou 84,84%.

Indagado se os 42% de dissidentes vão pedir votos para outros candidatos a presidente e não para Dilma, o deputado Fábio Trad respondeu: “Com certeza. A leitura é assim: esses 42% estão rompidos com PT e mesmo os 54%, muitos deles, não vão ficar com a Dilma, como o próprio PMDB de Mato Grosso do Sul que ficará com Eduardo Campos”.

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