Prefeito culpa “resistências” para não ter Hospital da Criança funcionando
O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), culpou “resistências” internas e externas quanto a demora no início das atividades do Hospital da Criança do SUS. A transação de arrendamento do Sírio Líbanês, por R$ 194,1 mil, é questionada pelo MPE (Ministério Público Estadual), que também cobra aumento no número de leitos para reverter internações nas unidades de saúde.
“Ninguém em sã consciência será contra um hospital que vem um mês ou dois atrasado. Se não fossem as resistências que eu encontrei já estávamos com esse hospital funcionando”, comentou Olarte, durante assinatura de ordens de serviço nesta segunda-feira (18).
Em relação aos valores pagos, o prefeito explicou que laudos provarão a legalidade da contratação emergencial do prédio, que visa cumprir objetivo de operar como “amortecedor” ante o déficit de leitos na rede pública de saúde.
“Não é necessário nenhum tipo de cobrança, nós estamos fazendo. É óbvio que não tínhamos um hospital e não podíamos gerir, só articular. Vamos continuar criando espaços de leitos e, se for preciso, a Prefeitura compra”, ressaltou.
Hospital da Criança - Com arrendamento do prédio assinado no dia 5 de agosto, o Hospital da Criança do SUS tem previsão de operação para setembro, uma vez que ainda depende de trâmites burocráticos e pequenas reformas, conforme o prefeito Gilmar Olarte (PP).
Inicialmente, o atendimento será ambulatorial até a ativação de 100 leitos hospitalares e de dois centros cirúrgicos. Para atrair médicos aos plantões, devem ser instituído diferencial na remuneração.
Assim que estiver com a estrutura toda montada, tanto física quanto operacional, o custo médio de operação pode chegar a R$ 2 milhões por mês, totalizando R$ 24 milhões por ano. A unidade terá caráter de “amortecedor”, de acordo com Olarte, até a construção do Hospital Municipal, a ser instalado no cruzamento das Avenidas Tamandaré com Euller de Azevedo.
A aquisição da área de 15 hectares, pertencente hoje ao Exército Brasileiro, depende de aval de Brasília. No local, além do hospital com 250 leitos, deve ser colocado também um terminal de ônibus.
Em contrapartida, a proposta conta com recurso de R$ 41 milhões de emendas federais e mais R$ 100 milhões, já previstos no orçamento do município de 2015.