Prefeito diz que demitirá mais 230 casos irregulares ligados à Omep e Seleta
MPE pede, desde 2011, a rompimento total dos convênios com as entidades
Mais 230 funcionários da Prefeitura de Campo Grande, ligados a Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária e Omep (Organização Mundial pela Educação Pré-Escolar), serão demitidos, disse o prefeito Alcides Bernal (PP), nesta terça-feira (19).
Segundo o prefeito, foram detectadas “140 pessoas trabalhando no escritório de uma das entidades e 90 na outra”, disse sem especificar de qual entidade se trata cada caso. Na prática, acrescentou, esse funcionários estariam irregulares, pois foram contratadas para prestação de serviço do Executivo Municipal.
Desde a divulgação das denúncias e investigação do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) a respeito dos convênios, a Prefeitura diz não ter condição de rompê-los, nem demitir os funcionários de uma vez, mas abriu uma comissão prometendo avaliar os casos irregulares.
Em março, Bernal afirmou que demitiu cerca de 400 pessoas. Nesta manhã, disse que, na verdade, devem ter sido desligados 300 funcionários. Com o anúncio de mais demissões, o corte deve chegar a 530. Ao todo, os convênios mantêm 4,3 mil servidores.
Na Justiça - Depois da fase de recomendações e termos não atendidos, o Ministério Público resolveu ingressar com uma ação na Justiça, pedindo a demissão de todos os funcionários contratados, sob pena de multa diária R$ 102 milhões. Bernal continua dizendo não ter condição de desligar todos de uma vez.