Presidente da Câmara de Aquidauana acredita na inocência dos colegas
Everton Romero se pronuncia sobre operação do Gaeco contra vereadores e alega ser o mais transparente de MS
O presidente da Câmara de Aquidauana, Everton Romero (PSDB), se manifestou após a Operação Ad Blocker, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que cumpriu na manhã desta terça-feira (28) mandados na residência de dois vereadores e na própria Câmara Municipal da cidade, a 141 quilômetros de Campo Grande.
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A Câmara de Aquidauana é alvo de investigação do Gaeco por suspeita de fraude em licitação de contrato de publicidade de R$ 500 mil. A operação, denominada Ad Blocker, cumpriu mandados de busca e apreensão na Câmara e nas casas de dois vereadores. O presidente da Câmara, Everton Romero, afirmou que a Casa não foi notificada sobre as investigações e que está aguardando mais informações para tomar as medidas cabíveis. A investigação aponta indícios de superfaturamento e favorecimento de interesses pessoais de agentes públicos, com uso de serviços fictícios. O contrato está ativo, mas sem pagamentos no momento. Romero defende a transparência da Câmara e a honestidade dos ex-presidentes investigados.
Em entrevista, Romero afirmou que a Câmara não foi notificada sobre as investigações e ressaltou que a operação teve alvos específicos. "Não fomos notificados em nada. A operação teve alvos específicos, e fiz o papel de abrir as portas para o Gaeco. Atendemos em todas as situações", afirmou o presidente.
Romero, que assumiu a presidência da Câmara no dia 1º de janeiro, disse que está aguardando uma notificação oficial e que, caso necessário, irá analisar as ações cabíveis em relação aos vereadores envolvidos. "Aguardo alguma notificação. Não temos nenhuma situação para acionar os vereadores. Com o andamento da operação, se for o caso, iremos analisar", destacou.
A operação investiga possíveis fraudes em processos licitatórios relacionados a um contrato de R$ 500 mil firmado pela Câmara de Aquidauana para serviços de publicidade, com indícios de superfaturamento e favorecimento de interesses pessoais de agentes públicos. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) explicou que a execução do contrato apontou diversas irregularidades, incluindo o uso de serviços fictícios.
Romero também comentou sobre a atual gestão da Câmara, afirmando que o contrato em questão está ativo, mas sem valores a serem pagos neste momento. "O contrato está ativo, porém não temos mídia a ser paga. Vou tomar todas as medidas cabíveis para resguardar a Câmara de Aquidauana", garantiu. Ele acrescentou que o MP não deu orientações sobre o cancelamento do contrato de publicidade.
Sobre a transparência na gestão, o presidente afirmou confiar na honestidade dos ex-presidentes Wezzer Lucarelli e Nilson Pontim, também investigados na operação. "Nossa Câmara, salvo melhor juízo, é a mais transparente do estado. Acredito na total transparência e honestidade dos ex-presidentes Wezzer e Nilson Pontim", completou Romero.
A Operação Ad Blocker está apurando um esquema de corrupção envolvendo contratos de publicidade da Câmara Municipal de Aquidauana. A investigação também aponta fraudes e superfaturamento nos contratos, que teriam beneficiado agentes políticos e empresários do ramo publicitário. As equipes do Gaeco recolheram documentos e computadores da Câmara, e realizaram buscas nas casas dos vereadores investigados.
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