Presidente da Câmara defende candidatura própria do PSDB na Capital
O presidente da Câmara Municipal, João Rocha (PSDB) disse hoje de manhã que seu partido deve ter candidatura própria para disputar a prefeitura de Campo Grande. Ele defende que a legenda faça uma pesquisa para ouvir a opinião da população sobre o perfil do candidato e a partir daí, o diretório defina o nome dentre os quadros disponíveis para participar das eleições.
Durante entrevista ao programa Tribuna Livre, da Rádio Capital, João Rocha lembrou que nas eleições de 2012 o PSDB pesquisou e lançou o programa “Pensando Campo Grande” com o candidato Reinaldo Azambuja, que serviu de base para o “Pensando Mato Grosso do Sul”, que o levou ao governo do Estado. “Temos que saber o perfil do candidato apontado pela população e o partido tem gente para fazer a disputa”, declarou.
Para o presidente da Câmara, o partido deve ter candidatura própria e ele disse entender que será uma eleição de dois turnos e se tiver que fazer aliança que seja no segundo turno, “que é o momento de fazer aglutinações e vamos estar prontos”, afirmou. Porém, segundo João Rocha, o PSDB tem vários nomes disposição, incluindo o dele. “Sou um soldado do partido e meu nome está disponível”, declarou.
Conforme João Rocha, com as mudanças nas regras eleitorais, a campanha vai ser mais curta, apenas de 45 dias, e não terá mais o financiamento empresarial. Ele lembra que o maior financiamento vai ser o currículo do candidato. “O eleitor deve considerar o histórico de trabalho e a carreira do candidato. Procurar saber o que a pessoa já fez, se é correta e ética para assumir o cargo. Essa é a melhor forma de financiamento da campanha, o conteúdo do candidato”, ressaltou ele, acrescentando que o coletivo do partido é quem vai decidir o nome para a disputa.
“Nosso processo democrático possibilita que a cada quatro anos é concebido ao povo a responsabilidade de escolher quem vai representa-lo”, lembra Rocha, alertando para que o eleitor saiba diferenciar os candidatos ao Legislativo e ao Executivo. Ele explicou que o candidato a vereador não pode fazer campanha dizendo que vai executar isso ou aquilo. “Isso é papel do Executivo. O vereador trabalha na aprovação das leis e auxiliando ao prefeito, mas não executa”, comentou.
Harmonia – João Rocha disse que independente das questões pessoais, a relação entre os poderes Legislativo e Executivo deve ser harmônica e que após assumir a presidência da Câmara tem atuado para promover aproximação da Câmara com o prefeito Alcides Bernal. “A relação é de interdependência entre os poderes. Por isso, é importante haver harmonia e estamos procurando construir essa aproximação”, reiterou.
Ele lembrou que o prefeito tem conseguido aprovar seus projetos na Câmara e o coletivo da Casa tem entendido a importância da boa relação com o prefeito, “uma vez que todos os projetos do Executivo foram aprovados sem qualquer voto contrário”, destacou. Para João Rocha, os discursos continuarão acontecendo na Casa e as críticas são naturais.