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Política

Preso há 4 dias, Olarte se isola em cela e só come marmita do presídio

Alan Diógenes | 05/10/2015 18:05
Gilmar Olarte se apresentou à polícia na última sexta-feira. (Foto: Marcos Ermínio)
Gilmar Olarte se apresentou à polícia na última sexta-feira. (Foto: Marcos Ermínio)

Durante os quatro dias que o prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), está preso no Presídio Militar Estadual, ele prefere se manter isolado e sem conversar com os policiais que levam sua refeições. Na cela, Olarte está sendo tratado com os demais presos, independente do cargo que exercia.

Conforme o subtenente da PM Honório, que fica na recepção do presídio, o prefeito não pode receber visita, a não ser a do seu advogado. Ele recebe três refeições por dia: café da manhã, almoço e janta. Já a limpeza da cela é organizada pela administração do local.

“Esta sozinho na cela e sendo tratado como qualquer preso, independente de ter sido prefeito ou não”, explicou o subtenente.

Segundo ele e os demais policiais que ficam na entrada do presídio, desde quando chegou, Olarte está bem isolado e não troca palavras com os funcionários da instituição. O prefeito afastado tem apenas a companhia da Bíblia e um violão na cela de aproximadamente 9 metros.

Na mesma ala cumprem pena 33 praças e oficiais da Polícia Militar em regime aberto, semi-aberto e fechado. No local existem cerca de 9 celas com o mesmo tamanho da cela de Olarte, com janela, banheiro com privada, um beliche e varanda, tipo alojamento simples. Duas são denominadas celas probatórias, onde ficam presos temporários.

A defesa de Gilmar Olarte pediu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) a liberdade para o cliente. A estratégia foi solicitar petição de extensão no pedido de habeas corpus apresentado pelo empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, que já teve liminar deferida e foi solto. O documento para o prefeito afastado foi protocolado em 3 de outubro e lançado hoje no sistema de consulta processual do STJ.

Olarte e João Amorim, dono da Proteco Construções, tiveram as prisões temporárias, válidas por cinco dias, decretadas pelo desembargador do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Luiz Cláudio Bonassini da Silva, no dia 30 de setembro.

O cenário foi desdobramento da operação Coffee Break, realizada em 25 de agosto pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), braço do MPE (Ministério Público do Estado). Na ocasião, Olarte foi afastado da prefeitura. A suspeita é de compra de votos na Câmara Municipal para cassar o prefeito Alcides Bernal (PP) em março de 2014.

Nesta terça-feira (6) pela manhã, Gilmar Olarte deve prestar depoimento aos promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), responsáveis pela operação Coffee Break e autores do pedido de prisão temporária do prefeito afastado.

Prefeito Afastado está há 4 dias preso no Presídio Militar Estadual, na Capital. (Foto: Fernando Antunes)
Prefeito Afastado está há 4 dias preso no Presídio Militar Estadual, na Capital. (Foto: Fernando Antunes)
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