Preso há dois meses, prefeito de Alcinópolis sai correndo de delegacia
Ele é suspeito de participação em assassinato de vereador
Preso há 71 dias, o prefeito afastado de Alcinópolis, Manoel Nunes da Silva (PR), saiu correndo da 3ª delegacia de Campo Grande para fugir da imprensa.
Suspeito de participação no assassinato de um vereador, ele foi solto por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Trajando camisa e calça jeans, ele saiu rapidamente e entrou num veículo Jetta, acompanhado por três advogados.
Já os seus pertences foram levados em uma caminhonete L200, conduzida por um parente. A sogra e a esposa de Manoel vieram acompanhar sua libertação. O prefeito foi preso no dia 20 de julho, junto com três vereadores, um comerciante e uma funcionária pública de Alcinópolis.
Ele foi o único a ter a prisão preventiva decretada pelo TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Em liberdade desde agosto, os vereadores já voltaram aos cargos.
Então presidente da Câmara, o vereador Carlos Antônio Carneiro, foi executado em outubro do ano passado, em frente ao hotel Vale Verde, em Campo Grande.
Após o assassinato, Irineu Maciel foi preso em flagrante por policiais civis que passavam próximo ao local, na avenida Afonso Pena. Ele foi levado ao local do crime na garupa da moto de Aparecido Souza Fernandes, de 35 anos.
Na delegacia, o pistoleiro relatou que o crime foi intermediado pelo seu cunhado Valdemir Vansan. A morte do vereador teria sido contratada por uma terceira pessoa, cujo nome não foi revelado. Valdemir foi preso horas depois do assassinato.
Ainda na delegacia, Ireneu disse que receberia R$ 20 mil, sendo R$ 3 mil adiantados, pelo crime e que o revólver calibre 38 lhe foi entregue pelo cunhado. O acerto era para “fazer uma pessoa”, cujo nome foi repassado por Valdemir.
Em interrogatório diante do juiz, Irineu deu uma nova versão para o crime. De acordo com ele, o motivo foi vingança porque o vereador o teria humilhado. O pistoleiro também afirmou ser dono da arma utilizada na execução. Os três serão submetidos a júri popular.