ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 29º

Política

Projeto da reforma deve passar por amplo debate antes de ser votado

Paulo Nonato de Souza e Leonardo Rocha | 01/11/2017 12:05
Deputados querem debate, antes do projeto em plenário (Foto: Victor Chileno/ALMS)
Deputados querem debate, antes do projeto em plenário (Foto: Victor Chileno/ALMS)

A tramitação do projeto da reforma da previdência na Assembleia Legislativa, desde a entrega da proposta, ontem à tarde, pelo governador Reinaldo Azambuja, até a votação em plenário, foi tema de muita discussão na sessão desta quarta-feira, 01.

“Entendo que o projeto só deve vir para votação em plenário depois de ser submetido a uma ampla discussão com todas as categorias, especialmente os servidores”, disse o deputado Paulo Siufi (PMDB).

O presidente da Casa, deputado Junior Mochi (PMDB), garantiu que o projeto terá tramitação normal e sem regime de urgência, mas fez a previsão de que a proposta do governo estará pronta para ser votada pela Assembléia Legislativa em 15 a 20 dias, ou seja, ainda durante o mês de novembro.

De acordo com a proposta do governo, a contribuição do servidor terá aumento de 3%, saltando de 11% para 14%, e a patronal (Governo do Estado e demais Poderes), passará de 22% para 28%.

“Vamos ter discussões na Casa, ouvir os servidores e as categorias, mas entendo que é preciso mudar as regras da previdência e todo mundo vai pagar a conta”, disse Eduardo Rocha (PMDB).

A deputada Mara Caseiro (PSDB) afirmou que ninguém vai votar o projeto a toque de caixa. “A Assembléia Legislativa vai abrir espaço para o debate e os servidores serão ouvidos. Além disso, penso que a proposta pode ser melhorada”, declarou ela.

O líder do governo, o deputado Rinaldo Modesto (PSDB), avalia que todo mundo tem consciência de que as regras da previdência estadual devem ser mudadas porque isso se faz necessário. “Hoje o que se gasta com inativo é quase o mesmo valor do que se gasta com os ativos, mas vamos chamar técnicos do governo para reuniões e depois de toda a discussão é que vamos votar o projeto”, frisou.

Para o deputado Amarildo Cruz (PT), o projeto é horrível e a bancada do seu partido não vai fazer acordo para votar o projeto mais rápido. “O problema das contas públicas não pode arrebentar no colo do servidor. O Governo poderia fazer um controle sobre benefícios fiscais e cobrar de sonegadores”, criticou.

Segundo ele, os servidores deveriam receber tratamento diferenciado na reforma, contribuindo conforme seus vencimentos. “Quem recebe menos contribui menos e não estabelecer 14% para todo mundo”, sugeriu ele.

Nos siga no Google Notícias