Puccinelli com tornozeleira e três presos por fraudes de R$ 150 milhões
Três presos, um ex-governador detido, empresas vasculhadas e centenas de documentos apreendidos.
Este foi o cenário registrado em Campo Grande, outras cidades do interior e até em outros estados na manhã desta quinta-feira (11) na quarta fase da operação Lama Asfáltica, que investiga prejuízo de R$ 150 milhões aos cofres públicos por fraudes de licitações e lavagem de dinheiro.
André Puccinelli prestou depoimento pela manhã e deixou a sede da PF (Polícia Federal) em uma das viaturas para colocar uma tornozeleira eletrônica como medida cautelar alternativa à prisão. Também foi arbitrada fiança de R$ 1 milhão que o ex-governador não tem como pagar por ter os bens bloqueados pela Justiça, segundo o advogado dele, Renê Siufi.
Puccinelli também deverá ficar em Campo Grande e só pode viajar com autorização da Justiça. Siufi considerou as medidas exageradas.
Foram presos André Cance, ex-secretário-adjunto da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), o dono da gráfica Alvorada, Micherd Jafar Junior; e o ex-coordenador de licitações da Semad (Secretaria Municipal de Administração), Mauro Cavalli.
Cance e Jafar Junior estavam na Capital e foram levados para a PF nas primeiras horas da manhã. Cavalli foi encontrado por policiais federais em uma fazenda no município de Bonito, apontado como sendo "laranja" do ex-governador André Puccinelli em crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
Além disso, durante o início da manhã, a polícia encontrou munições na casa do Proprietário da H2L Soluções, Rodolfo Holsback. Ele foi detido e está prestando depoimento na sede da Polícia Federal nessa manhã.
Também há nove mandados de condução coercitiva, 32 de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas.
No interior, mandados foram cumpridos na sede da Eldorado Brasil em Três Lagoas e também nas cidades de Porto Murtinho e Nioaque. Policiais também vasculharam empresas em São Paulo e Curitiba.