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Política

Redução de partidos é boa para a política, diz Riedel sobre mudança em 2025

Para governador, democracia não apresenta tantas linhas ideológicas que justifique quantidade de legendas

Por Maristela Brunetto | 24/12/2024 08:58

Governador vê momento dinâmico para reorganização de partidos, o que envolve os tucanos também (Foto: Paulo Francis)
Governador vê momento dinâmico para reorganização de partidos, o que envolve os tucanos também (Foto: Paulo Francis)

O bom desempenho nas eleições municipais no Estado dos tucanos e seus aliados não é garantia que PSDB e outras legendas próximas permaneçam como estão no cenário, forçando políticos a esperar definições sobre eventuais fusões, incorporações ou federações. A análise é do governador Eduardo Riedel, que considerou precoce debater seu futuro político e partidário neste momento.

Para ele, ocorre um “momento extremamente dinâmico na agenda partidária”, que deve reconfigurar o número de legendas, o que vai acabar impactando nas escolhas dos políticos. O tucano acredita serem fundamentais as discussões em torno da redução do número de partidos, por não haver tantas linhas ideológicas em uma democracia a justificar a quantidade de agremiações partidárias inscritas no TSE (Tribunal  Superior Eleitoral). Riedel chegou a mencionar 35 inscritas, entretanto, no site da Corte constam 29 partidos.

O governador considera o próprio futuro partidário incerto e precoce falar sobre o tema, uma vez que a legenda deve se envolver nos debates sobre fusões incorporações ou federações. Ele aponta não saber qual será o caminho da legenda, se fundir ou federar com outras.

A Constituição Federal define a chamada cláusula de barreira, para que partidos tenham acesso a recursos e tempo de TV. O texto prevê a conquista de 3% dos votos válidos para a Câmara Federal ou eleição de 15 deputados federais distribuídos em pelo menos um terço dos estados, uma força de conter a atuação de partidos de aluguel.

Os partidos podem se fundir, criando uma nova legenda e estatuto, a exemplo do que ocorreu no ano passado com PTB e Avante, gerando o PRD, ou ainda um ser incorporado por outro e também fazer uma federação, que deve ter no mínimo quatro anos de atuação em nível nacional. Há 3 federações inscritas no site do TSE.

Feitas as movimentações das legendas, o que deve ocorrer já com vistas às eleições para presidente e estaduais, de 2026, aí será o momento de definir seu futuro partidário, diz o governador. “Aí vamos ter que fazer uma avaliação, que partido politicamente vamos seguir.”

Ele também pontuou, em entrevista ao Campo Grande News, que não quer se dedicar a articulações políticas em 2025, mas manter-se focado nas ações de governo. Segundo disse, o foco principal no ano que vem é concretizar avanços, “trabalhar muito por isso”.

Questionado sobre eventual candidatura à reeleição, com cenário favorável para a legenda, que subiu de 37 para 44 prefeitos na eleição de outubro, em tom bem humorado disse que gostaria de debater o assunto somente após a Copa do Mundo de 2026, mas seria muito em cima das eleições. Então, estabeleceu como marco o Carnaval daquele ano.

Confira trecho da entrevista sobre política:



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