Renúncia de Olarte foi oficializada em sessão de três minutos na Câmara
A renúncia de Gilmar Olarte (Pros) aos cargos de prefeito e vice foi formalizada em sessão de três minutos na manhã desta quinta-feira (dia 8) na Câmara Municipal. O documento foi protocolado às 8h40 pela defesa de Olarte, que estava afastado do cargo de prefeito desde 25 de agosto de 2015 e preso desde 15 de agosto deste ano.
Sucinta e sem explicação do motivo, a carta de renúncia foi lida pelo vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, e logo a sessão foi encerrada. Apesar de a pauta de hoje prever análise de veto, o presidente da Câmara, vereador João Rocha (PSDB), informou que a sessão foi abreviada por conta do caráter histórico e da excepcionalidade da situação.
Rocha não quis comentar sobre o fato de ser o próximo na linha sucessória e o fato de Alcides Bernal (PP) estar no comando da prefeitura por força de liminar judicial. “Não quero entrar nesse mérito, segue da mesma forma”, enfatiza.
Como Olarte já estava fora do cargo há um ano, a renúncia não reflete, neste momento, na administração municipal. Conforme Gustavo Lazzari, da procuradoria jurídica da Câmara, o posto de vice-prefeito fica vago e o documento deve ser publicado amanhã no Diário Oficial do município. Com o encerramento da sessão, os vereadores rumaram para a sala de reuniões da Câmara.
Em tese, com a renúncia, os processos contra Olarte voltam para o primeiro grau na Justiça estadual, o que permite mais uma instância para recursos, no caso o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Desde março de 2014, quando assumiu a prefeitura, Olarte foi alvo das operações Adna, Coffee Break e Pecúnia. Todas realizadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). As investigações são de corrupção e lavagem de dinheiro.
Ele foi afastado da prefeitura na Coffee Break, que denuncia compra de votos para cassação de Bernal. A Pecúnia foi deflagrada em 15 de agosto e prendeu Olarte e a esposa.