Chefe do MPE diz ver com espanto rumores de suposta delação de Olarte
Defesa diz que não descarta, nem confirma possível colaboração
O procurador-geral do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), Paulo Passos, afirma que viu com espanto rumores de que o prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (Pros), preso pela Operação Pecúnia, em agosto, quer fechar acordo de delação premiada.
Assim como disse ao Campo Grande News, no sábado (3), a coordenadora do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Cristiane Mourão, o superior dela afirma que não há qualquer tratativa sobre uma possível colaboração do pastor.
“O que nos causa um pouco de espanto é alguém desejar delatar e anunciar isto antes de procurar aqueles que são encarregados pela lei de fazer este acordo”, disse, nesta terça-feira (6), na Assembleia Legislativa, onde esteve para defender um projeto de lei do Ministério Público.
Passos endossou a afirmação, dizendo que, até o momento, o MPE não foi procurado, “nem pelos advogados, nem pelo acusado, para qualquer tratativa”. “A própria lei dispõe que este acordo deve ter confidencialidade. Ninguém pode anunciar para a sociedade que vai fazer acordo”.
Por parte da defesa, a única informação é de a colaboração premiada pode ser uma das estratégias. Jail Azambuja, que defende Gilmar Olarte e sua esposa, Andreia Zanelato Olarte, disse que “nem confirma, nem descarta”, um possível acordo, mas não deu mais detalhes.
O prefeito afastado está preso há 22 dias, assim como sua esposa. Eles são acusados de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica, crimes que foram levantados após compras de imóveis consideradas suspeitas.