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Capital

Desembargador determina bloqueio de imóvel do casal Olarte em condomínio

Casa no condomínio Villas Dahma foi acrescentada à lista de bens do prefeito afastado já sequestrados

Anahi Zurutuza | 29/08/2016 20:49
Gilmar Olarte, no dia 15 de agosto, quando foi preso pela segunda vez (Foto: Fernando Antunes)
Gilmar Olarte, no dia 15 de agosto, quando foi preso pela segunda vez (Foto: Fernando Antunes)
Olarte (camisa rosa) teve a primeira prisão decretada no dia 30 de setembro e se entregou no dia 2 de outubro à Justiça. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Olarte (camisa rosa) teve a primeira prisão decretada no dia 30 de setembro e se entregou no dia 2 de outubro à Justiça. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

O desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva, relator da ação cautelar que culminou na prisão Gilmar e Andreia Olarte, determinou que seja adicionada uma casa à lista de bens do casal bloqueados pela Justiça e seja retirado um apartamento. O despacho foi feito no fim da tarde desta segunda-feira (29).

Olarte teve bens sequestrados em decisões tomadas em ao menos outras duas ações. Uma delas contra o prefeito de Campo Grande afastado e o Ronan Edson Feitosa de Lima, que era assessor de Olarte quando ele era vice-prefeito, tramita em sigilo.

O recurso de bloqueio de bens é usado pela Justiça para garantir o futuro ressarcimento dos cofres público, caso sejam comprovadas as acusações feitas pelo MPE (Ministério Público Estadual) contra o ex-prefeito.

Na decisão de hoje, Bonassini manda sequestrar a casa 163 no residencial Villas Damha, comprada pelo casal por R$ 600 mil supostamente com dinheiro ilícito.

Já o sequestro do apartamento localizado no 4º pavimento do Condomínio Piazza Boulevard foi revogado, segundo o desembargador, “diante da ausência de indícios de ter sido adquirido com proventos oriundos de atividades ilícitas”.

Os bens sequestrados não podem ser vendidos.

Investigações – Desde que foi eleito vice-prefeito, Olarte é investigado pelo Gaeco (Grupo de Atuação e Repressão ao Crime Organizado). Recaem sobre o ombros do chefe do Executivo municipal afastado suspeitas de que ele tenha cometido os crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.

Ele foi alvo da Operação Adna, que apurou investigou lavagem de dinheiro e corrupção passiva, tendo como acusados Olarte, pastores da igreja dele, além de outras pessoas que estariam envolvidos em esquema de agiotagem para levantar dinheiro para supostamente pagar contas de campanha.

Olarte também foi investigado na Operação Coffee Break, sobre a “compra” de votos de vereadores de Campo Grande para cassar o prefeito Alcides Bernal (PP) e que resultou na primeira prisão do pastor.

Por último, Olarte foi preso em decorrência da Operação Pecúnia no dia 15 de agosto. A investigação começou após dados obtidos com a quebra de sigilo bancário da ex-primeira-dama, Andreia Olarte, assim como de sua empresa (Casa da Esteticista), porque ela teria adquirido vários imóveis na Capital, na época em que o marido era prefeito.

São terrenos, casas e apartamentos registrados com valores até 15 menores que o de mercado, todos comprados em de maio de 2014 a julho de 2015 - período que coincide com o “mandato” de Olarte como prefeito -, e alguns deles no nome de terceiros. 

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