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Política

Secretário reclama de 144 áreas invadidas em MS e da imagem de produtor “vilão”

“Precisamos mostrar que houve uma distorção mostrando o produtor como vilão e o índio como vítima”

Aline dos Santos e Helio de Freitas, de Dourados | 11/05/2019 13:12
A 55ª edição da Expoagro foi aberta neste sábado em Dourados. (Foto: Helio de Freitas)
A 55ª edição da Expoagro foi aberta neste sábado em Dourados. (Foto: Helio de Freitas)

Representando a ministra Tereza Cristina, o secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Luiz Nahban, afirma que é inaceitável ter 144 fazendas invadidas em Mato Grosso do Sul, criticou o MPF (Ministério Público Federal) e reclamou de distorção, que mostra o produtor rural como vilão.

Neste sábado (dia 11), Nahban participou da abertura da 55ª edição da Expoagro, em Dourados. “O objetivo do governo Bolsonaro é trazer segurança jurídica ao campo. Precisamos estar todos juntos, inclusive o Judiciário. Precisamos mostrar para a população brasileira que houve uma distorção mostrando o produtor como vilão e o índio como vítima. Não existe vítima e não existe vilão. Existe gente manipulada dos dois lados”, afirma.

Ele também criticou a atuação de organizações não governamentais. “Chega de ociosidade entre os índios, estão em situação calamitosa. Existem ONGs e parte do Ministério Público Federal que nos envergonha. Alguns promotores ficam advogando em causa própria em vez de aplicar a lei. Herdamos uma política equivocada de governos anteriores”.

Sobre a disputa fundiária em Mato Grosso do Sul, o representante do Ministério da Agricultura afirma que as invasões desrespeitam o estado democrático de direito, mas que o diálogo será mantido.

“Felizmente, a caneta não pode fazer tudo porque as instituições estão aí e precisam ser respeitadas”, afirma. No começo do ano, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) transferiu as demarcação de terra indígena da Funai (Fundação Nacional do Índio) para o Ministério da Agricultura.

A mudança foi por medida provisória, que está em análise no Congresso. Nesta semana, comissão aprovou manter a Funai no Ministério da Justiça, voltando também a ter responsabilidade pela demarcação de terras indígenas.

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