Sem André, PMDB busca três nomes para candidatura própria a prefeito
Mocchi não descarta buscar coligação, mas garante que será em último caso
Depois da leitura da carta em que André Puccinelli confirmou que não será candidato a prefeito de Campo Grande, o deputado estadual Junior Mocchi, presidente regional do partido, disse que outros três integrantes da legenda serão consultados sobre a possibilidade de entrarem na disputa. A ideia é que o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) lance candidatura própria.
“Em último caso, vamos buscar uma coligação”, afirma Mocchi. O presidente diz ainda que, na próxima segunda-feira, o PMDB revelará quem será o candidato.
“Até pelo tamanho do partido, temos de pensar na candidatura própria. É uma forma de darmos mais suporte aos nossos candidatos a vereador também”, disse o deputado.
O senador Waldemir Moka disse que o PMDB tem integrantes pouco conhecidos politicamente, mas que tem grande potencial para a gestão pública, como por exemplo o ex-diretor-presidente do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), Carlos Henrique dos Santos Pereira. “Acho que podemos apostar neste perfil mais técnico”.
Já outros participantes da reunião citaram os nomes do deputado federal Carlos Marun e da senadora Simone Tebet.
Coligação – O presidente regional do PMDB evitou falar sobre a possibilidade do partido fazer composição com o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), que já anunciou a pré-candidatura da vice-governador Rose Modesto. Mas, também não descartou a hipótese. “Só não vamos fazer aliança com o PP [Partido Progressista]”, afirmou Mocchi, acrescentando que com o prefeito Alcides Bernal, que disputará reeleição, não há diálogo aberto.
“Podemos conversar com o PTB [Partido Trabalhista Brasileiro] do Nelsinho [Trad], com o PSD [Partido Social Democrático] do Marquinhos [Trad]”, completou.
Também estavam presentes na reunião os deputados estaduais Marcio Fernandes, que chegou a ser cogitado como candidato, e Renato Câmara, além dos vereadores Vanderlei Cabeludo, Carla Stephanini e Paulo Siufi.
Declínio – André Puccinelli reiterou, após a leitura da carta, que a decisão dele não tem relação com uma possível rejeição e nem com o fato do nome dele ter sido relacionado aos fatos investigados pela Operação Coffe Break. “Conversei com a minha família. Eu já tinha dito que não sairia mais candidato. Foi uma decisão pessoal”.