ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, QUARTA  25    CAMPO GRANDE 25º

Política

Sem provas, STJ arquiva inquérito contra Reinaldo

No entendimento do Superior Tribunal de Justiça, nada foi provado sobre suposto roubo de propina no governo

Ângela Kempfer | 30/08/2022 15:16
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB), durante evento em Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB), durante evento em Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

Atendendo um pedido do MPF (Ministério Público Federal), a ministra Maria Isabel Gallotti, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), determinou o arquivamento do inquérito 1.243, aberto para investigar o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), por um suposto roubo de propina. O entendimento é de que não há provas contra ele.

“Não há qualquer tipo de prova de participação do governador e a relatora decidiu pelo arquivamento”, afirmou o advogado Gustavo Passarelli. O processo correu sob sigilo.

Rodrigo Souza e Silva, filho do governador Reinaldo Azambuja, já havia sido absolvido da mesma acusação. Na época, a juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna destacou que as provas produzidas durante a instrução processual eram frágeis, os depoimentos recheados de contradições e que a história contada pelos acusadores era difícil de acreditar.

A acusação feita pelo Ministério Público Estadual partiu de depoimentos do lavador de carros Luiz Carlos Vareio, mas de acordo com a magistrada, o próprio MP demonstrou “já de início, ausência de convicção quanto à participação do réu Rodrigo na prática do roubo do veículo e da suposta quantia de dinheiro transportada pela vítima Ademir José Cafesta”.

Em determinado trecho da decisão, a juíza May Melke reafirmou que a narrativa da denúncia não foi comprovada e concluiu que a história contada por Luiz Carlos Vareio não faz nenhum sentido. “O que restou comprovado durante a instrução processual, inverossímil a imputação de autor intelectual do roubo, por parte de Rodrigo, de um dinheiro que não retornaria para o seu poder, pois seria dividido entre os executores do crime, e sequer chegaria nas mãos do suposto destinatário”.

A acusação

Rodrigo foi acusado de mandar roubar o dinheiro de uma suposta propina que seria destinada a José Ricardo Guitti, o Polaco, que estaria chantageando o governo. Segundo essa denúncia, Polaco estaria pedindo mais dinheiro para manter o silêncio sobre o que sabia de um suposto esquema de pagamento de propina ao governador Reinaldo Azambuja pela JBS.

O governador Reinaldo Azambuja e o filho Rodrigo Souza e Silva enfatizaram que nunca tiveram nenhuma participação nos fatos, que a denúncia era manifestamente fantasiosa e o andamento do processo comprovou que eles não tiveram nenhuma participação no suposto crime.

Nos siga no Google Notícias