Sem Vander e Bernal, candidatos debatem inclusão durante fórum
Alunos, pais e professores lotaram o auditório da OAB
Com o tema “políticas públicas em referência às pessoas com deficiência por um município mais inclusivo”, cinco dos sete candidatos à Prefeitura de Campo Grande nas eleições deste ano participaram na tarde desta quarta-feira (12), de um fórum, promovido pela Associação Pestalozzi, no auditório da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil).
Apesar de todos terem confirmado presença, o candidato do PT (Partido dos Trabalhadores), Vander Loubet, e Alcides Bernal, da coligação “A Força da Gente” do PP não compareceram ao fórum, alegando outros compromissos. Deputado federal, Vander cumpre agenda de parlamentar em Brasília. Já Bernal recebe hoje o presidente nacional do PP, Francisco Dorneles. Ambos foram representados pelos candidatos a vice, Cabo Almi e Gilmar Olarte.
Com o auditório lotado, a maioria pais, filhos com necessidades especiais e professores e funcionários da Pestalozzi, o fórum sorteou o nomes e números que representaram a ordem de discurso. Cada candidato teve oito minutos para falar sobre as propostas e assuntos relacionados a acessibilidade e inclusão social.
O sorteado a iniciar os discursos foi o candidato do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), Professor Sidney Melo. Citou diversas situações, locais e serviços que considera necessitar de mais atenção. “Só sabe quem vive”, discursou Melo, que diz ter vivido muitas situações do cotidiano dos eleitores.
Edson Giroto, da coligação “Mais Trabalho por Campo Grande” do PMDB, assumiu o compromisso de debater com entidades através de fóruns e eventos as necessidades da acessibilidade e inclusão social. Prometeu também vans especiais que irão estar a disposição dos portadores de necessidades tanto para a fisioterapia, tratamento médico, quanto para as aulas. “Não podemos ter criticas as propostas a cidade”, pediu Giroto. Finalizou lembrando do espaço com uma exposição sobre os direitos humanos, que está sendo realizado no Shopping Norte Sul Plaza.
O candidato do PSDB, Reinaldo Azambuja, trouxe consigo uma cartilha, onde prevê cursos de inclusão social, incentivar e promover eventos paralímpicos. “As pessoas com necessidades especiais não devem se adaptar à cidade e sim a cidade as pessoas”, avisou Azambuja, que em seguida entregou sua cartilha aos mediadores do fórum.
Representado pelo seu vice, o deputado estadual, Cabo Almi, a coligação do PT assumiu a bancada para o discurso que envolveu fatos históricos da Capital e críticas a situação atual dos projetos sob acessibilidade. “Temos que pensar na questão humanista, deixar de ser essa cidade que vive em obras”, ressaltou Almi.
O candidato a vice na chapa de Alcides Bernal, Gilmar Olarte, ao iniciar e encerrar seu pronunciamento lembrou do trecho bíblico “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, eu nada seria” de “Coríntios 13 1”.
Nos planos do PP, está a criação de uma camara permanente para avaliar, ouvir e sugerir as melhores idéias para o progresso da acessibilidade. Lembrou de casos de superação dos Jogos Paralímpicos.
O candidato do PV (Partido Verde), Marcelo Bluma, diferenciou gerenciar de mandar e disse que a Capital precisa ser liderada. Também que Campo Grande não está ruim, mas precisa melhorar. “Temos que sentar e definir estratégia, implantar uma cultura de inclusão”, analisa Bluma.
O único que adotou e usou seu tempo para criticas aos demais candidatos e a atual gestão foi o candidato do PSTU, Suel Ferrante, que questionou porque determinada porcentagem dos ônibus do transporte coletivo tem equipamento para receber portadores de necessidades especiais.
Criticou a educação, as bolsas do ProUni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Programa de Financiamento Estudantil), pois segundo Ferrante, impede o investimento no ensino público e aumenta para o privado. “Estão se esquivando da luta”, sobre os atuais governantes.
Rodada de perguntas - Duas rodadas de perguntas feitas por pais e professores de alunos da Pestalozi estavam previstas para o fórum, mas apenas uma aconteceu devido o evento estar com sua programação atrasada. Os candidatos tinham três minutos para cada um responder uma questão diferente sobre educação.
Após responder, Gilmar Olarte, por compromissos do partido pediu para se retirar. Para compensar a rodada de perguntas canceladas, os candidatos ganharam cada um dois minutos para considerações finais.
Segunda etapa do fórum - Após as considerações finais, os candidatos a vereadores poderiam ter cinco minutos cada um para defender suas idéias e projetos.
Marcaram presença Edil Albuquerque (PMDB), Lamartine Ribeiro (PSB), David Marques (PTB), Silas Fauzi (PT), Eva Maria (PP), Maria Rosana (PT), Carlos Nunes (PV), João Paulo (PDT), entre outros candidatos que chegaram de última hora e foram assinando lista de espera para discurso.
Entre mediadores do fórum estavam a presidente da Pestalozi, Gyselle Saadi Tannous e os professores João Carlos Estevão e Paulo Cabral.
Público - Na plateia, jovens e adultos; pais e professores; todos aplaudiram candidato por candidato. Claro que me certos momentos alguns se exaltavam mais mostrando sua preferência por algum preferido.