Servidores lotam Câmara em dia de votação de reajuste salarial
A Câmara Municipal de Campo Grande está lotada nesta quinta-feira (12), dia de votação de reajuste salarial dos servidores municipais. Estão no local funcionários municipais ligados ao Sisem, que representa administrativos da educação e agentes comunitários de saúde, além de professores e odontólogos.
O prefeito, Alcides Bernal (PP), enviou hoje à Câmara um substitutivo ao projeto original, com reajuste linear de 3,31% a todos os servidores municipais, já considerando a inflação do período transcorrido.
Durante os discursos, chegou à Câmara o projeto de Lei que estabelece o reajuste dos professores, mas seguirá para Consultoria Jurídica e não deve ser votado hoje.
Na tribuna, o presidente da ACP (Sindicato Campograndense dos Profissionais da Educação), Lucílio Souza Nobre, reiterou o acordo feito com o prefeito Alcides Bernal, de 3,31% de reajuste, índice que não é considerado ideal pela categoria, mas contempla parte da Lei do Piso com o restante do reajuste pleiteado para o ano que vem. Lucílio ponderou que quer ler o projeto e checar se estão contemplados todos os temas acordados.
Já o presidente do SISEM (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, pediu aos vereadores uma emenda ao artigo 1º do projeto enviado pelo Executivo alterando o reajuste de 2,79% para 9,57% que era proposta inicial da Prefeitura. O pedido será analisado.
Uma hora antes, em agenda da Kepler Weber, o prefeito disse ao Campo Grande News que não irá “infringir a lei eleitoral” e que o “legislativo não pode onerar o município”.
Outra categoria presente e que tem exigências é a de odontólogos. Eles pedem equiparação aos médicos, que ingressaram com projeto salarial para enquadramento da categoria em nível 17. A alegação é que os profissionais de odontologia assumem as mesmas responsabilidades civis e que as profissões são legalmente vinculadas. Ao todo são 330 servidores municipais nesta área.
Histórico - O projeto de reajuste linear para o funcionalismo municipal foi votado em 5 abril, na sessão subsequente à entrega dele na casa de leis. No dia, entidades ligadas aos administrativos da educação, guardas municipais e enfermeiros foram à Câmara para pedir por melhorias – somente o Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais) reivindicava alteração no índice para 11,06%, o que travou a discussão.
Em virtude das divergências, os vereadores suspenderam a sessão, retomando-a à noite, quando decidiram barrar o projeto. Dia 5 era o último prazo para a tramitação do reajuste, de acordo com a regra eleitoral. Com o projeto rejeitado, o prefeito disse que não poderia conceder tal percentual, baixando-o para 2,79%.