Simone Tebet diz que pedirá votos ao Senado só após conversa com Renan
Parlamentar de Mato Grosso do Sul confirmou que pretende ser o nome do MDB na disputa pela cadeira da Casa de Leis
Depois de confirmar que pretende disputar à indicação do MDB para presidência do Senado, Simone Tebet afirmou que se reunirá com o colega de partido e também postulante ao cargo, Renan Calheiros (AL), nesta terça-feira (22) pela manhã e partir daí pretende costurar alianças e pedir votos aos colegas.
Segundo ela, essa reunião com o senador de Alagoas estava marcada para a noite desta segunda, mas o atraso no voo dele para Brasília fez com que adiasse a conversa.
“As ruas estão exigindo a alternância de poder. Estou colocando meu nome na disputa. É claro que qualquer senador tem direito [a ser candidato], esse é o momento, se demorarmos muito, os partidos assumem compromissos com outros candidatos”, avalia a senadora sul-mato-grossense.
Simone Tebet disse que conta com o apoio da bancada de Mato Grosso do Sul e que também tem a simpatia junto aos colegas de partido. “Dentro da bancada tenho a simpatia, não conversei no sentido de pedir votos, mas entenderam que é legítima a minha reivindicação”, disse.
Uma reunião no dia 29 de janeiro está prevista para que os 12 parlamentares do MDB decidam quem será o indicado para disputa da presidência. A eleição da Mesa Diretora do Senado está marcada para 1º de fevereiro de 2019.
O nome de Simone é cogitado para a presidência da Casa de Leis desde novembro passado. Em nota divulgada naquele mês pela Folha de São Paulo, a parlamentar foi considerada mais equilibrada pela equipe do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), por isso seu nome era “bem visto” para a presidência. Logo depois, a senadora afirmou que a ocupação do cargo é “costura feita com calma”.
Por sua vez, Renan Calheiros, que já foi presidente do Senado por cinco vezes, com quem Simone deveria disputar internamente, afirmou em sua conta no Twiter nesta tarde que não quer ocupar o cargo e que seus eleitores o escolherem para ser um “bom senador”, não para presidente. “Já fui várias vezes, em momentos também difíceis. A decisão caberá à bancada, e temos outros nomes”.