STJ nega liminar em pedido de habeas corpus para libertar casal Olarte
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou liminar no pedido de habeas corpus do prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (Pros), e sua esposa Andréia Nunes Zanelato Olarte.
O casal foi preso na última segunda-feira (dia 15) na operação Pecúnia, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), braço do MPE (Ministério Público Estadual). As prisões temporárias são válidas por cincos dia, desta forma, caso não haja prorrogação, eles serão libertados hoje.
“Se houver prorrogação, vou entrar com pedido de novo. Mas acho que eles não vão pedir prorrogação. O Olarte já foi ouvido. E ela será ouvida às 9h, não tem motivo para prorrogar”, diz o advogado João Carlos Veiga Júnior. A expectativa da defesa é que eles sejam soltos até o fim da tarde de hoje.
As investigações começaram a partir dos dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de Andréia Olarte e de sua empresa, denominada Casa da Esteticista.
Ainda segundo a operação, entre 2014 e 2015, enquanto Olarte ocupava o cargo de prefeito, Andréia adquiriu vários imóveis na Capital. Os bens totalizaram R$ 3,6 milhões, com preferência por imóveis em condomínios de luxo.
Alguns bens ficaram em em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias (dinheiro, transferências bancárias e depósitos). Conforma a investigação, a princípio, os bens são incompatíveis com a renda do casal.
Também foram presos o empresário Evandro Simões Farinell e o corretor Ivamil Rodrigues de Almeida. Ivamil é apontado como braço direito do casal nas aquisições imobiliárias fraudulentas e Evandro Farinelli é suspeito de ceder o nome para que as aquisições fossem feitas.
Pecúnia é uma palavra feminina que significa dinheiro. A defesa dos casal Olarte informa que todos os bens foram legalmente declarados.