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Política

Suplente volta ao PRP para assumir vaga e base de Delia tenta trocar candidatos

Marcelo Mourão foi para o DEM, porém, voltou ao antigo partido; grupo tenta substituir Pepa e Cirilo em chapa para disputar a Mesa Diretora

Humberto Marques e Helio de Freitas, de Dourados | 13/12/2018 15:13
Toninho e Mourão foram empossados há pouco como suplentes de Pepa e Cirilo; Câmara de Dourados realiza eleição para Mesa Diretora. (Foto: Helio de Freitas)
Toninho e Mourão foram empossados há pouco como suplentes de Pepa e Cirilo; Câmara de Dourados realiza eleição para Mesa Diretora. (Foto: Helio de Freitas)

A convocação de dois suplentes para assumirem mandato na Câmara Municipal de Dourados –a 233 km de Campo Grande– e, finalmente, encaminhar a eleição da Mesa Diretora, também ocorre em meio a protestos e confusão. Pedido para substituição de candidatos e a posse de Marcelo Mourão (PRP) geraram polêmica: um suplente da coligação na qual o agora vereador disputou a eleição o acusou de infidelidade partidária e pediu à Casa que não o confirme no cargo. A alegação, porém, caiu diante da confirmação de que Mourão voltou ao antigo partido. A solenidade ocorreu há pouco.

Wilson Brum Trindade Junior (MDB) protocolou na Mesa Diretora da Câmara pedido para que fosse declarada a ilegitimidade de Mourão para assumir a vaga que pertencia ao Pastor Cirilo Ramão (MDB) –preso ao lado de Idenor Machado (PSDB) e Pedro Pepa (DEM) durante a operação Cifra Negra, que apura ilegalidades em contratos da Câmara, e afastado do cargo por ordem judicial. O primeiro suplente de Ramão seria Dirceu Longhi, também preso durante a ação policial.

Segundo Brum, Marcelo Mourão, que é o segundo suplente, disputou as eleições de 2016 pelo PRP, que integrou a coligação formada por PMDB (atual MDB), Pros, PPL e PT. No entanto, em 6 de abril deste ano, ele migrou para o DEM, que não integrava a coligação. Com isso, destacando o entendimento da Justiça Eleitoral de que a vaga pertence ao partido, e não ao político, cobrou que ele, na condição de terceiro suplente, seja empossado.

Mourão, porém, retornou ao PRP, apresentando documento que inclusive lhe confirma como líder do partido na Casa. Também nesta quinta-feira (13), tomou posse Toninho Cruz (PSB) –suplente de Pedro Pepa. Maurício Lemes Soares (PSB) já assumiu mandato em substituição a Idenor, que apresentou pedido de licença de 32 dias.

Manobra – A posse ocorre em meio a protestos de pessoas que acompanham a sessão, direcionados à base aliada da prefeita Delia Razuk (PR), acusada de manobrar o quorum em sessões anteriores para impedir que a eleição da Mesa Diretora fosse realizada.

Pepa era o candidato do grupo para substituir Daniela Hall (PSD) no comando do Legislativo douradense, com Cirilo ocupando posto de segundo secretário. A base de Delia tentou substituir os candidatos presos, o que é vedado pelo regimento interno da Câmara.

A eleição foi convocada para as 14h de hoje. Com Cruz e Mourão, fica garantido o quorum mínimo de dez vereadores para a eleição, que tem até aqui a candidatura de Alan Guedes (DEM), da oposição (formada por 8 dos 19 vereadores), como única confirmada.

A base aliada, porém, apresentou recurso para substituir Pepa e Cirilo, anunciando inclusive ir à Justiça para garantir a troca de candidatos. O pedido foi rejeitado em plenário por 10 votos a 9.

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