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Política

Suplicy lança “Um jeito de fazer política”, que une biografia e renda básica

Evento neste sábado reuniu fãs do ex-senador em Campo Grande

Aline dos Santos e Caroline Maldonado | 12/03/2022 11:37
Suplicy lança “Um jeito de fazer política”, que une biografia e renda básica
Mônica Dallari e Eduardo Suplicy são autores de livro lançado hoje, na Fetems. (Foto: Caroline Maldonado)

Em tempos de eleitores fatigados da figura de políticos, Eduardo Suplicy (PT), vereador em São Paulo, parece seguir na contramão e levou admiradores, que se classificam como fãs, ao lançamento do livro “Um jeito de fazer política”, na manhã deste sábado (dia 12), em Campo Grande.

A obra entremeia a trajetória de Suplicy, que permaneceu 24 anos no Senado, e uma de suas principais bandeiras: o projeto renda básica. Na década de 90, o político soube do projeto no Alasca (Estados Unidos), criado em 1982. Por lá, todo cidadão recebe um valor oriundo dos royalties do petróleo.

“Uma pessoa surgiu com essa ideia lá e se esforçou bastante para convencer a comunidade. Deu tão certo, que dez anos depois foi eleito governador no Alasca. O fundo tinha R$ 1 bilhão de dólares e chegou a R$ 80 bilhões de dólares. Todo cidadão teve direito de participar das riquezas do Alasca. A pessoas passaram a trabalhar mais depois de receber a renda. Com mais condições para compra de equipamentos, insumos”, afirma Suplicy.

O ex-senador é economista e professor universitário. De acordo com a jornalista Mônica Dallari, coautora do livro, outra experiência de renda básica é no Quênia (África), onde cada cidadão recebe 22 dólares (R$ 111).

“Com esse projeto, a violência doméstica reduziu em 52%. Favoreceu o empoderamento das mulheres dentro das famílias. Foi importante também para a educação. Apesar da escola ser gratuita, tinham muitas dificuldades”.

O projeto de renda básica ainda estimulou o empreendedorismo feminino. “As mulheres voltaram a sonhar”.

Suplicy lança “Um jeito de fazer política”, que une biografia e renda básica
Ana Luíza conheceu Eduardo Suplicy na década de 90. (Foto: Caroline Maldonado)

A aposentada Ana Luíza Pinto de Matos, 62 anos, conta que conheceu Suplicy na década de 90 e lembra que o político era até figura destoante dentro do Partido dos Trabalhadores, por trazer sobrenomes de famílias tradicionais de São Paulo. Mas Eduardo Matarazzo Suplicy a surpreendeu. “Fiquei impressionada com a gentileza dele, a preocupação com as pessoas”.

Ela destaca que o partido já tinha nomes importantes, mas todos de origem humilde, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A professora Silvana Colombelli, 39 anos, comprou livros para ela e a mãe. “O Suplicy nunca mudou de partido e os projetos de leis dele sempre se relacionaram com a forma de como ele pensa o mundo. Por ter o estereótipo do padrão de poder, branco e de família rica, ele foge à regra”.

O lançamento do livro “Um jeito de fazer política” foi na Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul).

Suplicy lança “Um jeito de fazer política”, que une biografia e renda básica
Obra entremeia a trajetória de Suplicy e projeto do renda básica. (Foto: Caroline Maldonado)


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