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Política

TJ autoriza transferência de Olarte para cela no comando da PM

Aline dos Santos | 02/10/2015 12:35
Olarte (camisa rosa) foi a Imol hoje para fazer exames. (Foto: Marcos Ermínio)
Olarte (camisa rosa) foi a Imol hoje para fazer exames. (Foto: Marcos Ermínio)

A Justiça autorizou a transferência do prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), para cela do quartel do Comando Geral da PM (Polícia Militar). Com a prisão temporária decretada em 30 de setembro, Olarte ficou 24 horas foragido e se apresentou às 5h15 de hoje na 3ª delegacia de Polícia Civil, que possui cela especial, sem contato com os outros presos.

Nesta manhã, ele fez exame de corpo de delito no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e retornou para a delegacia, no bairro Carandá Bosque. A transferência foi autorizada hoje pelo TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) porque Olarte é prefeito e tem prerrogativa de ser recolhido a quartéis ou a prisão especial antes de condenação definitiva. Mesmo afastado por força de liminar, ele ainda é considerado prefeito.

Conforme a decisão, “o preso especial poderá ser recolhido em cela localizada nos quartéis, desde que esta não contenha regalias não encontradas nas prisões comuns”.

Olarte e o empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco Construções, tiveram as prisões decretadas pelo desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva.

As prisões são desdobramentos da operação Coffee Break, realizada em 25 de agosto pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) para investigar compra de votos na Câmara Municipal. O empresário está no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestro).

Olarte é investigado por formação de quadrilha e corrupção, pois teria se juntado a vereadores, empresários e terceiros interessados para cassação do prefeito Alcides Bernal (PP) em março de 2014. O acordo incluiria pagamento em dinheiro e distribuição de benesses.

A prisão temporária tem validade de cinco dias. Ontem, antes de Olarte se entregar, a defesa entrou com habeas corpus no TJ/MS. Mas o desembargador Fernando Mauro Moreira Marinho se absteve de julgar e remeteu os autos para o STJ (Superior Tribunal de Justiça).

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