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Política

Transição torna o próximo orçamento mais complexo, avalia Moka

Senador de MS venceu Romero Jucá na preferência da bancada do MDB e vai relatar proposta de “orçamento de transição”

Humberto Marques | 14/05/2018 16:07
Moka espera ter espaço para atuar em favor de municípios do Estado na proposta de lei orçamentária. (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Moka espera ter espaço para atuar em favor de municípios do Estado na proposta de lei orçamentária. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O senador Waldemir Moka aceitou a indicação da líder do MDB, Simone Tebet, e dos demais colegas de bancada, e deve assumir a relatoria do Orçamento-Geral da União para 2019. O nome do parlamentar foi sugerido ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), nesta segunda-feira (14), como opção da maioria para relatar o projeto que estipula as receitas e despesas para o ano que vem–o  primeiro do presidente a ser eleito neste ano e que, destacou o sul-mato-grossense, pode resultar em benefícios para Mato Grosso do Sul.

“A Simone, como líder, fez a indicação com o respaldo da bancada. E recebo isso com enorme responsabilidade. Aumenta a nossa preocupação no sentido de dotar o país de um orçamento realista e, ao mesmo tempo, trabalhar com transparência grande, ouvindo os segmentos importante”, destacou Moka, por telefone, ao Campo Grande News.

Moka disputava a indicação com o senador Romero Jucá (MDB-RR), que tentava pela quarta vez relatar o Orçamento da União –o que causou mal-estar ao lado do fato de o parlamentar roraimense também presidir o partido e ocupar a liderança do governo de Michel Temer no Senado. Assim, a maioria do partido optou pelo sul-mato-grossense.

Ele reforçou que o próximo orçamento será de transição entre governos, “o que o torna ainda mais complexo”. Moka já participou de Comissões Mistas do Orçamento no Congresso, inclusive como relator setorial e presidindo o colegiado, experiência que pesou favoravelmente na indicação do MDB.

Regional – Agora, a expectativa de Moka é que a relatoria do orçamento possa ser revertida em recursos para prefeituras do Estado. “Isso pode trazer benefícios para Mato Grosso do Sul e, principalmente, para os municípios. O relator-geral pode ter influência no sentido de dotar o Estado, espero, com um orçamento maior e melhor para atender aos 79 municípios”.

O trâmite do orçamento depende, ainda, da aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias, que mapeia a aplicação de receitas no ano que vem e baliza a proposta a ser relatada por Moka). Depois, o projeto passará por relatorias setoriais antes de ter a formatação para análise do plenário. Com isso, o projeto só deve ser finalizado depois das eleições de outubro.

“Claro que vou acompanhar todo o processo, mas o grande trabalho está no fechamento do projeto. Como se trata de um governo de transição, o bom senso manda que façamos esse trabalho após a eleição. Terei atribuições, mas a tarefa que vai exigir mais a minha presença em Brasília acontecerá depois da votação”, complementou Moka.

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