Vereador questiona concessão de licença para areeiro na bacia do Guariroba
A concessão para o funcionamento de um areeiro nas imediações dos córregos Guariroba e Água Turva, no Km 13 da BR-262, está sendo questionada pelo presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Eduardo Romero (PT do B). O vereador encaminhou oficio a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) questionando as condições de funcionamento do empreendimento que estaria próximo a APA (Área de Proteção Ambiental) do Guariroba.
Segundo Romero, a Prefeitura precisa esclarecer sobre a atuação do empreendimento no local, tendo em vista que a atividade oferece impacto ambiental direto, além de ser altamente degradante.
“É preciso rever isto, pelo fato de se tratar de um local próxima a uma área de proteção ambiental é preciso ter cuidados especiais. E isso significa a restrição de atividades como esta dentro deste área ou em suas imediações”, ponderou.
Romero ressalta que a Bacia do Guariroba é responsável por cerca de 54% do abastecimento de água de Campo Grande e a atividade pode comprometer o manancial.
“O areeiro é uma atividade de grande impacto, e isso pode comprometer o manancial por um todo, provocando assoreamento e mexendo com a dinâmica hídrica”, completou.
Conforme o vereador, uma reunião deve acontecer com representantes de diversas secretarias para discutir, além desta questão, sobre a captação de investimentos dos serviços concessionados quanto à preservação das áreas de preservação ambiental da Capital especialmente as de mananciais.
Outro lado - Em nota encaminhada ao Campo Grande News, a Prefeitura alega que a Mineradora Eva LTDA está situada na Rodovia BR 262 – km 13 – na margem esquerda, portanto fora da Bacia do Córrego Guariroba.
Segundo a nota, o empreendimento está licenciado ambientalmente, possuindo Licença de Operação e no momento encontra-se em análise a solicitação para a renovação da Licença de Operação.
“Por ocasião do licenciamento ambiental foram apresentados os estudos ambientais necessários. Foi requerido licenciamento ambiental para uma nova área, sendo contígua à área já licenciada, sendo concedida a Licença de Instalação, a qual autoriza a implantação do empreendimento. A atividade de extração da areia é desenvolvida através de cava e não no leito do córrego. Assim, ocorrendo em circuito fechado, não havendo portanto lançamento em curso d’água”, conclui.