Vereadores 'de primeira viagem' falam em realizar pacto por Campo Grande
Ainda se ambientando com o peso de serem representantes do povo no Legislativo pela primeira vez, os vereadores eleitos de Campo Grande adotaram como discurso a realização de um pacto em prol da Capital, em busca de uma mudança no atual cenário político enfrentado na Câmara Municipal e prefeitura.
Um desses é João César Matogrosso (PSDB), que diz ter sido eleito para ajudar o prefeito e Campo Grande. "Tenha a certeza da mudança junto com os outros 28 vereadores eleitos e o novo prefeito. Espero que os 29 vereadores tenham posição e não situação", comenta o novato.
Já Junior Longo (PSDB) ressalta o momento complicado e a renovação pela qual a casa passou, o que ele traduz como um pedido do povo para uma Câmara mais ativa e em harmonia com o Executivo. "Já tivemos exemplo que brigar e medir forças não resolve nada e quem perde é a população", frisa.
Outro que segue essa linha é o professor Roberto Mateus (PDT). "Campo Grande precisa de mudança geral e trabalho pela comunidade". Ao ser questionado se irá compor a base aliada de Marquinhos, ele adota a mesma postura. "Minha base é Campo Grande e percebi essa busca do prefeito. Hoje sabemos da importância do Executivo e do Legislativo".
"Esperamos sanar os problemas criados nos últimos quatro anos. O povo está nervoso e ansioso, e precisamos resgatar a credibilidade. Fizemos um pacto por Campo Grande, que está precisando", reforça Ademir Santana (PDT), seguido por Lucas Lima (SD). "Nós fizemos um pacto por Campo Grande", conta.
Outras propostas - Lucas, que é radialista e conhecido como o "Lucas do Amor Sem Fim", também destaca que primeiro é preciso conhecer os trâmites da Casa para oferecer propostas para análise do Legislativo. Quem também já faz planos é o delegado Wellington de Oliveira (PSDB).
"Minha proposta de campanha é trabalhar pela segurança. É isso que vou buscar", diz o delegado, acrescentando não acreditar que não exista mais situação e oposição, sendo o trabalho em conjunto o principal foco. "Mas vamos ficar de olho no que o prefeito está fazendo", finaliza.
Com 2.930 votos, Jeremias Flores, o Pastor Jeremias (PT do B), fará parte da base aliada de Marquinhos e diz que o foco das legislaturas devem ser o social, que ficou abandonado no último mandato, culpando os desentendimentos entre vereadores e prefeito para que a situação chegasse a isso.
Já Hederson Fritz (PSD), que também é presidente do Sindicato dos Enfermeiros, revela que a meta deve ser valorizar o servidor público, enquanto Dharleng Campos (PP), que integra o partido de Alcides Bernal, diz que o trabalho será focado em beneficiar Campo Grande nos próximos quatro anos.
Reeleitos - Entre os reeleitos, estão nomes como o de Chiquinho Telles (PSD), que fez oposição à Bernal e é do partido de Marquinhos. "Quero esquecer os últimos quatro anos, quando não existiu diálogo. Quero passar uma borracha e lembrar que temos um prefeito que se mostrou disposto a conversar e trabalhar em conjunto".
Roberto Santana dos Santos, o Betinho (PRB), adota também discurso conciliatório. "Farei tudo que for bom para Campo Grande. Não haverá oposição por oposição". Quem seguiu a mesma linha foi Derly dos Reis de Oliveira, o Cazuza (PP).
"Queremos um tempo de paz para Campo Grande pois, juntos, os poderes podem fazer mais pela cidade", diz, acrescentando que nos quatro anos passados muitas propostas aprovadas não foram executadas e espera que isso mude.