Vereadores pregam novo tempo e relação pacífica com Bernal
Os vereadores tiveram, nesta manhã (27), a primeira reunião com o prefeito Alcides Bernal (PP), após ele ter retornado ao cargo. Eles conversaram por volta de uma hora e ressaltaram que pode ter iniciado um “novo tempo”, com uma relação harmônica e pacífica com o chefe do executivo, diferente do que foi no começo do seu antigo mandato.
O vereador João Rocha (PSDB) ressaltou que o primeiro passo do prefeito foi dado, ao visitar o legislativo municipal, antes de assumir suas funções no Paço Municipal. “Foi uma decisão positiva, uma demonstração de humildade, busca de harmonia, agora vamos ver como fica esta relação no dia a dia da administração, sinto que a Câmara está com o espírito desarmado”.
Para Carla Stefanini (PMDB) todos precisam olhar para frente, recuperar a cidade do ponto de vista administrativo e político. “A Câmara sempre defendeu os interesses da cidade, temos que saber que a razão maior precisa ser Campo Grande, independente de oposição ou situação, no que depender de nós teremos uma relação pacífica, apoiando o que contribui para o município”.
Ela lembrou que a cidade estava a “deriva” e precisa de um rumo a partir de agora. Já o vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, foi mais incisivo e disse que se Bernal tivesse este ato de aproximação quando assumiu a prefeitura da primeira vez, tudo seria diferente.
“Desta vez ele chegou tranquilo em harmonia, antes não havia existido este sentimento, vamos ajudar sem exigir nada em troca do prefeito, o Bernal de hoje foi o que a população votou, se tivesse entrado assim, estaria até hoje, com humildade ele pode até ser reeleito”, disse ele.
Flávio César (PT do B), novo presidnete da Câmara, ressaltou que os vereadores estão cientes de seu papel como fiscalizadores e vão continuar o trabalho, mas que o prefeito é bem vindo e vai existir sim um diálogo aberto com o executivo. “Esta reunião de hoje demonstra que estamos vivendo um novo tempo, tendo o diálogo, pois Campo Grande está acima de tudo”.
Base – Os vereadores que devem fazer parte da base do prefeito, também preferem acreditar que desta vez os conflitos serão amenizados e que o momento é de se buscar a paz e harmonia entre os poderes. “Temos esta esperança, a sociedade não aguenta mais esta guerra, temos que abdicar das questões partidárias, e o legislativo deve dar uma resposta após o gesto de Bernal”, disse Thais Helena (PT).
Paulo Pedra (PDT), provável líder do prefeito, diz que seria importante ter um interlocutor na Câmara, para que os projetos do executivo possam ser aprovados e haja cooperação entre os poderes. “Assim os vereadores são atendidos, o prefeito atendido e a população contemplada”.
Já Alex do PT, antigo líder de Bernal, ponderou que não de pode estar em “guerra” o tempo todo e que chegou a hora de buscar estabilidade, mas que isto deve ocorrer na prática. “Começou bem com a vinda aqui na Câmara, antes tinha um clima pesado e todo processo foi traumático, serviu de lição, hoje foi plantada uma semente de diálogo”.