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Política

Vereadores reconduzidos aos cargos estão há 2 semanas sem ir às sessões

Se levado em conta quanto cada vereador ganha por sessão, Cirilo (MDB) e Pedro Pepa (DEM) ganharam R$ 12 mil sem ir trabalhar

Helio de Freitas e Adriano Fernandes | 07/10/2019 19:49
Cadeiras dos dois vereadores vazias na sessão desta noite. (Foto: Divulgação)
Cadeiras dos dois vereadores vazias na sessão desta noite. (Foto: Divulgação)

Cirilo Ramão (MDB) e Pedro Pepa (DEM) já assinaram o termo de recondução aos cargos, mas até agora só o emedebista foi à sessão, no dia 23 de setembro. Na sessão da última segunda (30), nenhum deles compareceu e hoje voltaram a faltar, mas apresentaram atestado. Pepa e Ramão são investigados no âmbito da Operação Cifra Negra, do Gaeco (Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

A defesa afirma que aguarda o Tribunal de Justiça publicar o acórdão, com detalhes da decisão, para esclarecer se os dois poderão ou não se encontrar em plenário. No fim de agosto os dois ficaram dois dias presos por descumprir medidas cautelares, entre elas frequentar a Câmara a manter contato entre si. Agora a defesa adota cautela, para evitar outro pedido de prisão.

Em média os vereadores de dourados ganham R$ 3 mil por sessão - são R$ 12 mil por quatro sessões mensais. Ou seja, Pepa e Cirilo já embolsaram R$ 6 mil cada um, mesmo sem estar comparecendo a casa de leis. Idenor Machado (PSDB), também beneficiado pelo habeas corpus, vai ser reempossado amanhã às 11h, mas também não há garantias de que vai comparecer às sessões, pelos mesmos motivos.

Operação - Presos pela primeira vez em 5 de dezembro de 2018, durante a Operação Cifra Negra os Pepa e Cirilo ficaram oito meses fora da Câmara e nesse período foram substituídos pelos suplentes Marinisa Mizoguchi (PSB) e Marcelo Mourão (PRP). Idenor Machado (PSDB) também acabou afastado por conta da operação.

No dia 19 de agosto, após liminar do presidente do Tribunal de Justiça Paschoal Carmello Leandro suspender o afastamento, Pepa e Cirilo reassumiram, mas ficaram menos de duas semanas na Câmara. Nove dias depois, o juiz de segundo grau do Tribunal de Justiça Lúcio R. da Silveira, relator do caso na 1ª Câmara Criminal, entendeu que a liminar de Carmello Leandro valia apenas para o processo cível e que na área criminal eles continuavam afastados.

No dia 29 de agosto, o juiz da 1ª Vara Criminal de Dourados Alessandro Leite Pereira expediu mandado de prisão preventiva e novo afastamento de Pepa e Cirilo. Eles foram presos durante sessão da Câmara, no dia seguinte.

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