Vice de Rose, Oshiro agradece apoio e cita “aprendizado” durante campanha

Após a derrota no segundo turno ao lado de Rose Modesto (União Brasil), o vice da chapa, Roberto Oshiro, destacou sua gratidão aos apoiadores e o aprendizado durante a campanha. Embora volte a atuar como diretor-secretário na ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) e na Confederação das Associações Comerciais do Brasil, ele afirma que as demandas por saúde e educação que testemunhou continuarão sendo uma prioridade para ele.

“Vim aqui [no comitê] para conversar com os nossos apoiadores, agradecer muito todo esse pessoal que trabalhou incansavelmente, diuturnamente, à noite também, falando com a população, tentando ouvir os problemas, trazendo para a gente os anseios da população”, afirmou Oshiro, destacando a dedicação de todos os envolvidos. Ele relembrou o trabalho intenso desde o início do processo eleitoral e disse sentir "um sentimento de gratidão muito grande" por todos que atuaram ao seu lado.

Oshiro, que já havia sido candidato a vereador em 2012, comparou sua experiência naquela época com a campanha atual. “Naquela época, a associação comercial tinha dois mil associados, hoje somos mais de 9.300. Não era conhecido, também não tinha muita experiência. Então foi mais uma experiência lá atrás em 2012”, relembrou. Para ele, a campanha deste ano trouxe uma perspectiva mais estruturada: “Agora, de fato, uma campanha consistente, um processo eleitoral consistente, um plano muito importante, eu acho que é magnífico que Campo Grande leve pra frente”. Ele também disse esperar que as ideias apresentadas na campanha possam ser aproveitadas, mesmo sob a gestão da adversária, Adriane Lopes.

Durante a campanha, Oshiro relatou que ficou especialmente comovido com as dificuldades enfrentadas pelos moradores de diferentes bairros. “Teve muitas, muitas ocasiões que eu fiquei realmente emocionado, sabe com as dificuldades das pessoas, com as pessoas que estão sofrendo”, afirmou. Para ele, a campanha também serviu como aprendizado sobre a realidade dos serviços públicos. “A gente acha que o poder público teria condições de ajudar, e infelizmente, às vezes, os recursos são alocados em coisas que não são para atender quem está sofrendo. Então, é questão de prioridade”, criticou.

No setor empresarial, Oshiro sempre esteve envolvido em articulações políticas e defendeu pautas do setor em Brasília. Agora, com a derrota, volta agora às suas funções na ACICG e na Confederação das Associações Comerciais do Brasil, especialmente nas discussões sobre a reforma tributária. “Agora a gente está em uma batalha enorme lá no Senado Federal em relação à reforma tributária, às leis complementares, a gente está tentando salvaguardar ainda alguns direitos em relação ao Simples, lutando para que não haja aumento de carga tributária em vários setores, especialmente quem paga aluguel, que vai sofrer por demais no ano que vem”, explicou.

Oshiro concluiu reforçando a importância das áreas de saúde e educação para o desenvolvimento econômico. Para ele, a precariedade desses serviços prejudica diretamente os trabalhadores e a economia. “Quando a gente não tem um atendimento satisfatório para a população em saúde e educação, isso faz com que a economia também não desenvolva. Os colaboradores de comércio e de serviço não estão sendo bem atendidos nesses quesitos”, apontou. Ele também chamou a atenção para a falta de suporte às mães trabalhadoras: “As mães que não têm uma rede de apoio, elas não conseguem trabalhar, não conseguem ter uma vida profissional, não conseguem ter uma carreira. Em contrapartida, a gente não consegue ter essas pessoas para somar forças ao capital humano de todas as empresas”.

Ao fim, Oshiro afirmou que, apesar do término da campanha, continuará lutando por melhorias em Campo Grande, tanto no setor empresarial quanto nas áreas essenciais que, segundo ele, afetam diretamente a qualidade de vida e o crescimento econômico da cidade.