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Política

Zeca descrê que reforma de Bernal resulte em troca de secretários

Josemil Arruda | 12/12/2013 19:01
Zeca acredita que cinco secretarias e agências bastam para formar a "coalizão" (Foto: arquivo)
Zeca acredita que cinco secretarias e agências bastam para formar a "coalizão" (Foto: arquivo)

O vereador Zeca do PT descrê em substituições de secretários municipais na reforma política que a gestão do prefeito Alcides Bernal (PP) vem implementando rumo ao governo de “coalizão”, que lhe garanta ampliação da base de apoio na Câmara de Campo Grande.

“Não acredito em mudanças em outras secretárias. Pode contemplar com essas que estão vagas mesmo”, afirmou Zeca, ao ser indagado se há possibilidade de que as nomeações de Bernal afetarem outras pastas, atualmente ocupadas por assessores da escolha pessoal do prefeito.

Para Zeca, as nomeações de Bernal, em busca de aliados na Câmara, devem atingir apenas as novas secretarias municipais da Juventude e da Mulher, a Agência Municipal de Trânsito (Agetran) e a Agência Municipal de Habitação (Emha), além do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), que já foi ocupado pela médica Lilliam Maria Maksoud Gonçalves. No total, são cinco secretarias e agências.

Um dos aliados de Bernal que estão ajudando na articulação reafirmou nesta quinta-feira que as nomeações, porém, continuam interrompidas em razão, principalmente, da cassação de quatro vereadores, mas também devido ao prefeito Alcides Bernal ter apresentado atestado médico na Câmara alegando problema de visão para não prestar depoimento à Comissão Processante. “De hoje para amanhã não vai ter nomeação nova. Só semana que vem”, garantiu ele.

Dez votos na Câmara - A nomeação de Lilliam Maksoud Gonçalves para o IMPCG foi comemorada pelos articuladores políticos da gestão de Bernal, mas também causou apreensão diante do “bombardeio” que sofreram os vereadores Jamal Salém (PR) e Paulo Siufi (PMDB). “Agora é improvável a cassação na Câmara. Já temos 10 votos”, enalteceu o aliado de Bernal.

Os articuladores de Bernal levaram em conta que a base atualmente tem oito vereadores, aqueles que votaram contra a abertura do processo de cassação no dia 15 de outubro. Naquela oportunidade, o placar foi de 21 votos a oito. Para cassar o mandato do prefeito são necessários dois terços da Câmara, ou seja 20 votos no mínimo. Se Bernal tiver o apoio de 10, a maioria de 19 vereadores não é suficiente para cassá-lo.

Já Zeca do PT se diz otimista com a nova fase da gestão do prefeito Alcides Bernal, depois da nomeação do secretário municipal de Governo, Pedro Chaves. “Coalizão não pode ser vista como anomalia, ela é própria da política. Ninguém governa sem parlamento”, argumentou o ex-governador.

Zeca disse que vai presentear Bernal com um livro sobre a história do ex-presidente francês Françoise Miterrand. “O Miterrand concorreu à presidência da França quatro vezes e só na quarta disputa conseguiu vencer. Não tinha maioria no parlamento e construiu um governo de coalizão, primeiro com os sociais democratas e depois com a direta”, lembrou o petista, que também garantiu a governabilidade dividindo parte do poder político, quando chegou ao governo do Estado, com forças políticas mais conservadoras.

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