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Manoel Afonso

No retrovisor das eleições

Manoel Afonso | 25/10/2013 14:09

ELEIÇÕES Nem sempre os resultados se repetem, ainda que os candidatos sejam os mesmos. Isso se aplica em todos os níveis, mostrando o comportamento imprevisível do eleitor, sujeito as influências diversas, inclusive no seu bolso.

PREVISÕES Para 2014 o exercício da imaginação já começou. Mas nunca é demais um mergulho nos pleitos passados para refrescar a memória e colher subsídios preciosos visando construir um horizonte mais palpável ou menos nebuloso.

PERGUNTO: O que mudou no cenário político de MS? Saíram Pedro e Wilson, entrando Zeca e André. É verdade que colégio eleitoral aumentou mas é insuficiente para sairmos da velha polarização e solidificar a chamada terceira via.

RESULTADOS Mostram a margem pequena de votos entre vencedores e perdedores. A exceção ficaria por conta do pleito de 1986 – (efeito do Plano Cruzado) - quando Marcelo obteve 412 mil votos contra apenas 243 mil votos de Lúdio.

1-MEMÓRIA Em 2002 Zeca se reelegeu contra Marisa: diferença de 62 mil votos no 1º turno e 81 mil votos no 2º. Lula fez carreata em Dourados e reverteu a situação na cidade. Até hoje se comenta os ‘fatos’ ocorridos no final da campanha.

FATORES Além dos poderes que o governo proporcionava, Zeca alinhavou apoio decisivo de Schimidt e Londres na reta final. Marisa ficou desamparada pelos padrinhos políticos e sem combustível sucumbiu. Mas deu muito trabalho. Se deu!

2-MEMÓRIA Em 2006, bem avaliado como prefeito, André obteve 726 mil votos contra 450 mil de Delcídio. Já em 2010, André teve como adversário Zeca e obteve 704 mil votos (56%) contra 534 mil votos (42%) do postulante petista.

1-FORÇAS Lembra o deputado Paulo Correia: o PR tem um cacife de 100 mil votos e a liderança respeitável de Londres. O PDT, apesar do notório desgaste de Dagoberto, ajuda mais com seu espaço na telinha do que com os poucos redutos.

2-FORÇAS Ainda como coadjuvantes aparecem o DEM, PPS e Mandetta, alinhados ao PSDB de Azambuja. Estão saindo da sombra do guarda chuva de André para viabilizar apoio a Delcídio. Uma aposta interessante e até contraditória.

OUTROS Na contabilidade também há de se levar em conta o PSB de Murilo, o PSD, PT do B e outras agremiações com alinhamento segundo os seus interesses. Anote: aquela famosa ‘sopa de letrinhas partidárias’ voltará ao cardápio eleitoral.

A CONTA que se faz: Sem os antigos aliados o candidato do PMDB conseguirá vencer Delcídio apoiado por ex-fiéis de André? O governador é bem avaliado hoje, mas ele não é o candidato que enfrentará Delcídio. Até onde prestígio se transfere?

DELCÍDIO Uma estratégia inteligente: Amaina a questão partidária e valoriza sua imagem pessoal atrelando-a à renovação, atingindo adversários e até o próprio Zeca. Prefere falar de rock & futebol que discutir questões partidárias e afins.

RESISTÊNCIA? Não existe mais contra Delcídio no PT. Os ex-radicais não querem ficar sem assento neste ônibus. Cada qual ao seu estilo revendo as críticas ao senador. Alguns poucos ainda fingem em resistir na esperança de colher vantagens.

ELEITORADO As maiores fatias – (23,65%) com 420 mil eleitores na faixa etária entre 25 a 34 anos e aquela com 34,79% - 618 mil eleitores com ensino fundamental incompleto que terão importância para decidir as eleições em 2014.

ATENÇÃO! Dois contingentes podem fazer a diferença influenciando familiares e amigos: : os 280 mil eleitores, ou seja - 15,77% com idade entre 18 a 24 anos; os 236 mil eleitores (13,29%) que já concluíram o curso do ensino médio. Concorda?

AS CONTAS Dos atuais 1.775.651 eleitores, deverão sobrar 1,5 mil votos válidos em 2014. O coeficiente eleitoral para deputado estadual será em torno de 50 mil votos e para a Câmara Federal poderá ultrapassar os 180 mil votos. Dose pra leão.

ANDRÉ X AZAMBUJA? No saguão da AL os observadores de plantão já questionam num eventual embate para o Senado pesará a comparação dos seus currículos, a formação cultural compatível ao cargo ou só a capacidade de atrair apoios?

NANICOS Seus integrantes não podem ser vistos como heróis da resistência contra o modelo político. Muito pelo contrário! A maioria dos políticos escolhe esses partidos para viabilizar a candidatura, negociando com o candidato majoritário.

EXCRESCÊNCIA Não é por falta de partidos que as soluções dos problemas não ocorrem. Nos parlamentos as situações inusitadas; o parlamentar é líder dele próprio. Convém não perguntar sobre o programa do partido. Não saberiam responder.

MOKA Duas boas notícias contra o câncer: foi relator do projeto aprovado no Senado obrigando os planos de saúde a custear o tratamento da quimioterapia oral na casa do doentes. A matéria segue logo para a sanção presidencial.

O SENADOR a também conseguiu da Anvisa a reavaliação do uso da substância lenalidomida contra o mieloma múltiplo ( tipo de câncer na medula óssea), já liberada em 78 países, inclusive nos EUA, mas estranhamente proibida aqui. Pode?

‘ENCURRALADOS’ Lembra inclusive o título de filme, mas a inusitada situação do prefeito da capital e do presidente da OAB/MS é bem isso. Ambos conseguem desagradar até seus próprios eleitores; sangram de dar dó. Um quadro patético.

Se você está atravessando o inferno...não pare!” ( Winston Churchill)

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