Própria família teve que fazer sepultamento de aposentada no bairro Santo Amaro
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Familiares de uma mulher, que morreu por causa natural, se revoltaram ao terem que fazer o sepultamento do corpo, na tarde deste sábado (22), no cemitério Santo Amaro, em Campo Grande. Segundo testemunhas, a própria família teve que fazer a exumação dos restos mortais de outro parente que estava enterrado na cova, além de terem que lacrar a sepultura.
O capitão do Exército Brasileiro, Adolfo Barreos Vasques, 62 anos, irmão da falecida Marina Vasques Timoti, contou que a empresa terceirizada, identificada por Taíra, iria fazer a exumação completa dos restos mortais de sua mãe Crescência Barreos Vasques, para que fosse feito no mesmo local, o sepultamento da irmã.
Quando a família chegou ao cemitério, os funcionários da empresa terceirizada, já estavam no local à espera do corpo para o sepultamento. O enterro não foi realizado pelos funcionários e por motivo desconhecido, eles deixaram os ossos da mãe de Adolfo em uma sacola de lixo preta.
Filhos, tios, e sobrinhos tiveram que transferir os ossos para outra sacola mais adequada, e descer dentro da cova para colocar o caixão de Marina Vasques, ou seja, os próprios familiares tiveram que fazer o serviço que a empresa deveria ter feito. A Pax Nacional, que fez o velório de Marina, ajudou a família a fazer o sepultamento.
Adolfo disse que procurou a administração do cemitério, onde encontrou os funcionários da prefeitura da Capital, Paulo Madona e Jéssica Fialho. Ambos informaram que o serviço não é prestado pela prefeitura, e que a responsabilidade é da empresa terceirizada. “Em um momento desses, passar por constrangimento é algo desrespeitador com o ser humano, que está frágil pela perda do ente querido”, destacou.
Indignado com a situação, o agente de saúde Anderson Patrick Timoti, 27 anos, neto de Marina, falou que até mesmo pessoas com problemas de saúde ajudaram a fazer o enterro. “A própria família entrou no túmulo para colocar o caixão. Parentes com Lúpus e Diabetes, tiveram que prestar esse papel. Não acreditei no que vi”, desabafou.
A psicóloga Adélia Amaral, 48, amiga da família, afirmou que nunca tinha visto um fato como esse. “A família da falecida preparando massa para fechar a cova? Meu Deus é o fim do mundo. Um completo absurdo”, finalizou.
Procuradas pelo Campo Grande News, a prefeitura da Capital e a empresa Taíra não atenderam aos telefonemas para prestar esclarecimentos sobre o caso.