Facebook começa a informar usuários que tiveram dados vazados
O Facebook começou a avisar os seus usuários pelo mundo que tiveram seus dados acessados no escândalo da Cambridge Analytica, a partir desta segunda-feira (9). A rede social apresenta dois novos tipos de alertas sobre privacidade de informação: uma para as vítimas e outra para os outros perfis.
O aviso será feito de forma gradativa e aparecerá no topo do Feed de Notícias, conforme o Techtudo. A notificação chega no aplicativo para iPhone (iOS), em smartphones com Android e na versão desktop da plataforma, na web.
Para quem sofreu com o vazamento feito pelo site "This Is Your Digital Life", o comunicado do Facebook afirma que o teste foi banido da rede social pelo fornecimento de dados à Cambridge Analytica. A nova mensagem também oferece orientações de proteção virtual. No fim, há um botão para que o usuário saiba mais detalhes sobre como foi afetado pelo vazamento.
Já os outros perfis devem receber uma mensagem que ressalta a importância do controle de dados na Internet. Em seguida, há um atalho que permite configurar as permissões concedidas a aplicativos externos, ou seja, que usam informações do Facebook, como testes e jogos, por exemplo.
O usuário pode remover o que foi coletado pela aplicação, definir os acessos, controlar o envio de notificações e até a visibilidade do aplicativo. Também é possível identificar os apps excluídos anteriormente.
O recurso de permissões de aplicativos externos já fazia parte da plataforma. A ideia do novo botão é facilitar o acesso à configuração de privacidade das aplicações. No entanto, a função permanece disponível no menu da rede social.
Relembre o caso
Ao todo, estima-se que mais de 87 milhões de usuários tiveram informações pessoais acessadas pela empresa de análise de dados Cambridge Analytica. O caso ocorreu no ano passado, quando a Cambridge Analytica, especializada em marketing político, coletou dados de usuários do Facebook.
No Brasil, 443 mil usuários foram afetados.
A intenção era utilizar as informações durante a campanha de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. A empresa também é acusada por uso indevido de informações no Reino Unido, na campanha pró-Brexit. No Brasil, ela também foi contratada para a campanha deste ano mas o cotrato foi rompido.