Acolhimento como business appeal
Na idade madura ou “fase sobremesa”, ao adentrarmos um ambiente, o percebemos e poderíamos responder de pronto o que nos oferece. Saúde? Alegria? Me agrada? Me ama? Me acolhe? Me convém? Se estivermos atentas, percebemos fisicamente a mensagem ou imagem que aquele ambiente nos comunica, um sinal, uma intenção ou as pegadas do seu proprietário ou dirigente.
Encontramos no livro Cinelogia 2 a síntese do modo de agir o negócio de hotelaria do empresário fundador da Cadeia de Hotéis Hilton que leva seu nome. Sua mensagem aos clientes era: “sei amar-te melhor do que tu mesmo, melhor do que a tua mãe, melhor do que o teu marido, porque sei acolher-te, porque sei oferecer-te melhor e mais” e, assim, acomodando alegremente os seus clientes construiu seu império.
Saber escolher os ambientes que convém é um dote de natureza: as aves e os animais selecionam lugares onde encontram clima adequado para viver em segurança, alimento e água potável que lhes garantam saúde e bem estar. Andam, nadam ou voam quilômetros para encontra-los – estão sempre atentos aos sinais biológicos – percebem e escapam do perigo, jamais esquecendo do fundamental exercício da auto preservação.
Quanto a nós, concordamos com Roberto Zavalloni quando afirma que a personalidade humana possui ilimitadas potencialidades de mudança e melhoramento. A essa capacidade de auto preservação acresce o poder de autodeterminação, concluindo-se então que todo o problema pessoal, em última análise, somente pode ser resolvido pelo próprio sujeito ao lutar ativa e energeticamente para conquistar melhor modo de vida e auto realização.
(*) Alice Schuch é palestrante e pesquisadora do universo feminino
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