Bullying e cyberbullying um problema social
A palavra bullying é de origem inglesa e significa “ valentão”, e o sufixo “ing” representa uma ação contínua. Para contextualizar melhor o bullying percebe-se que a principal ação de quem o pratica está na força física e no poder de persuasão daqueles que se sentem superior e autoritários nas suas atitudes diante de alguns jovens e adolescentes frágeis que não conseguem se defender, vindo prejudicar moralmente e psicologicamente seus pares.
Existem vários tipos de bullying: verbal, físico, escrito, material, moral e o cyberbullying, este pelas redes sociais que afetam diretamente a saúde mental das crianças, jovens e adolescentes ambos precisam ser contidos e enfrentados a fim de amenizar as mortes por suicídio e homicídio entre os jovens nas escolas.
A Educação urge por Políticas Públicas para a erradicação desse grave problema social. Muito embora, no Brasil, exista amparo no Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 5º – “ Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da Lei qualquer atentado por ação ou omissão aos seus direitos fundamentais.” (Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei Federal nº 8069 de 13 de julho de 1990).
Não basta somente criar as Leis, elas precisam ser cumpridas a fim de que possam ser enfrentados os problemas eminentemente sociais. Vale lembrar que tanto autor e vítima envolvidos na ação reiterada de bullying e Cyberbullying precisam de atenção, tratamentos e acompanhamentos com profissionais da saúde especializados para cuidar de casos de depressão, síndrome de pânico e outros distúrbios mentais.
A escola, a família e o Estado devem juntos promover ações para ajudar a combater tal ato, por meio do diálogo, da mediação escolar e da comunicação não violenta , promovendo a cidadania e exercitando a empatia, o respeito ao próximo na busca incessante pela cultura de paz e tolerância mútua.
A escola tem primordial papel de acompanhar pedagogicamente o comportamento dos alunos e alunas dentro e fora da sala de aula, e ao identificar agressividades nas relações interpessoais deve procurar combater e prevenir implementando ações de interação social, buscando conscientizar os alunos e a família, que escola é um ambiente de segurança e bem estar.
(*) Sonia Maria Cavalcante é presidente da Comissão de Educação e Cidadania da OAB-CE.