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Preservação de áreas verdes urbanas contribui com a qualidade de vida

Por Paulo Figueiredo (*) | 16/09/2014 14:00

Quando falamos em Dia da Árvore, comemorado em 21 de setembro, costumamos lembrar das florestas. No entanto, a conservação de árvores em áreas urbanas é uma iniciativa que também merece uma atenção especial. Isso porque um estudo divulgado recentemente por pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, apontou que os moradores de bairros com menos de 10% de áreas arborizadas são mais propensos a sofrerem com sintomas de depressão, estresse e ansiedade.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o recomendado é que exista um mínimo de 12m² de área verde por habitante. O número está bem distante de algumas cidades brasileiras, como São Paulo. Apesar de dados divulgados pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente apontarem que a cidade possui 12,43 m² de área verde por habitante, quando consideramos apenas a mancha urbana da capital paulista, ou seja, o conjunto de ruas, residências e comércios, o município tem uma média 2,6m² por pessoa. Na contramão temos Goiânia, a capital de Goiás, que possui 94 m² de área verde por habitante. Esse é o segundo maior índice do mundo e fica atrás apenas de Edmonton, no Canadá.

Porém os espaços verdes vão muito além da beleza e bem-estar, as árvores atuam no combate à poluição, contribuindo para melhorar a qualidade do ar respirado, reduzem o calor e a incidência direta de raios solares, além de serem importantes para a retenção das águas das chuvas, reduzindo a ocorrência de enchentes.

Diante de tantos benefícios, a preservação e cuidados com esses espaços verdes se transformaram em ações extremamente importantes. Para isso temos a Silvicultura Urbana, uma atividade responsável pelo cultivo e manejo de árvores em busca do bem-estar fisiológico, social e econômico da sociedade urbana. A partir desse trabalho, os profissionais conhecem as melhores técnicas de poda, visando à preservação da vida das árvores e todo o entorno em que estão localizadas, como a fiação de rede elétrica, postes, residências.

O mercado de equipamentos também se fortaleceu para atender esse segmento e demonstra que a preocupação não é apenas com a preservação dos espaços verdes urbanos, mas também com a segurança dos profissionais do segmento. Já existem no mercado podadores, sopradores e motosserras que produzem resultados muito mais efetivos no processo de poda de galhos mortos e podas de limpeza. Pois são leves, ergonômicos e potentes, exigindo menos esforço físico na operação e ainda garantem aumento da produtividade.

A manutenção das árvores com equipamentos corretos e profissionais preparados são extremamente importantes e devem ocorrer não apenas no verão, época de chuvas fortes e quando aumentam os registros de quedas, mas durante o ano todo de maneira preventiva, seja em áreas públicas ou privadas. Temos que saber cuidar das árvores para que elas continuem cuidando de nossas paisagens e de nossa saúde.

(*) Paulo Figueiredo é técnico de produtos da Husqvarna, líder global no fornecimento de equipamentos para o manejo de áreas verdes e que comemora 325 anos em 2014.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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