Serão os criativos a se adaptar melhor
O jornalista e biógrafo Walter Isaacson, autor de livros sobre a vida de Albert Einstein, Steve Jobs e Leonardo da Vinci, escreveu que “serão os criativos que conseguirão se adaptar”. Com os retratos de algumas das mentes mais inovadoras e influentes de nossa história em seu currículo, e em se tratando de criatividade, Isaacson sabe exatamente do que está falando.
No cenário de gestão das instituições públicas de ensino no Brasil, ser criativo e inovador tem garantido a algumas administrações complexas, como a UFMS, um novo arranjo institucional e também transformações bastante significativas nas relações com a comunidade interna e externa.
Podemos dizer que muitas mudanças marcaram estes últimos 4 anos da UFMS. Mas a principal delas que desencadeou as demais, foi a forma como a Instituição passou a ser cuidada. Por pessoas que aliaram uma grande dose de criatividade e inovação com olhos atentos ao futuro, respeitando o passado e valorizando o presente, por meio de um diálogo constante com diferentes públicos, descentralização e governança com eficiência. E por esta soma de fatores ímpares em sua atual gestão, a Universidade consolidou-se como referência nas mais importantes esferas do país e do mundo.
Às vésperas de encerrar seu mandato, a gestão 2016-2020 da UFMS, liderada pelo reitor Marcelo Turine, faz muitas entregas à sociedade sul-mato-grossense, refletidas em bens intangíveis, como o maior cuidado com o capital intelectual da Instituição, benfeitorias de toda natureza, em todos os seus nove câmpus e na Cidade Universitária, números positivos e presença, inclusive inédita, em rankings nacionais e internacionais.
Fiquemos apenas com alguns dados mais recentes de reconhecimento internacional: pelo segundo ano consecutivo, a UFMS se manteve entre as melhores universidades do mundo no Academic Ranking of World Universities 2020, realizado pela Shangai Ranking Consultancy, está entre as 22 instituições de ensino superior brasileiras classificadas; é uma das 20 universidades brasileiras no Golden Age University, ranking das melhores universidades do mundo criadas no período de 1945 a 1967; uma das 61 instituições que entraram no levantamento da publicação britânica Times Higher Education (THE); e ocupa a 126ª+ no ranking das melhores universidades da América Latina – Top América Latina.
No Brasil, em 2019, o Ranking (RUF) da Folha de São Paulo colocou a UFMS no 41º lugar do país, de 197 instituições avaliadas; no 4º lugar da região Centro-Oeste, de 14 avaliadas; no 1º lugar em Mato Grosso do Sul, de 5 universidades avaliadas; e no 29º lugar na rede de Instituições Públicas Federais, de 63 avaliadas.
Muito mais pode ser feito, com certeza. Mas já temos muito pelo que comemorar. Alçamos voos por lugares nunca antes explorados. Colocamos nosso estado em posição de destaque no mapa da produção científica do país com a realização da 71ª reunião da SBPC. Saltam aos olhos, a menos que não se queira ver, as conquistas e consolidações que atingiram todos os segmentos da Instituição, nestes últimos 4 anos.
A atual gestão usou da criatividade para manter a essência e estimular o progresso dentro da Instituição. Conseguiu, assim, importantes feitos. A Universidade se abriu e foi redescoberta. Tornou-se orgulho de sua comunidade. Tem seu mascote. Passou por uma transformação digital com valorização da área de Tecnologia da Informação e Comunicação. Cresceu em quantitativos de alunos e servidores e em qualidade nos cursos oferecidos e na produção acadêmica. Fez renascer o sentimento de pertencimento e amor ao ensino superior público, gratuito, de qualidade e inclusivo em nosso estado.
A motivação da atual equipe de Gestão da UFMS sempre foi uma só: o amor à nossa Universidade. E por isso imprimiu um ritmo de trabalho vigoroso, ágil, firme, com controle e gestão de riscos, entregas em todos os seus eixos - ensino, pesquisa, extensão, empreendedorismo e inovação. Agora, é o momento de olhar para trás e apreciar o resultado de um trabalho bem feito: uma Universidade mais inovadora, empreendedora, eficiente, transparente e humana porque soube-se planejar, criar, inovar executar e, acima de tudo cuidar.
Mas como em todo fim há a chance de um novo começo, quais as ferramentas para superar, daqui para frente, este cenário cada vez mais dinâmico, complexo e com necessidade de tomadas rápidas de decisão? Um pouco de Einstein, Jobs e Da Vinci misturados podem ajudar bastante, ou seja, ciência, tecnologia e arte. Mais criatividade e adaptação, com certeza.
(*) Ana Carolina Monteiro é jornalista e mestre em comunicação.
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