Analfabetismo cai em todas faixas etárias, mas cresce entre mulheres
Percentual de pessoas pretas ou pardas que não sabem ler e escrever é o dobro da parcela de brancos analfabetos
Assim como no restante do País, na média geral para todas as faixas etárias o analfabetismo caiu em Mato Grosso do Sul entre 2016 e 2018, mas entre as mulheres só cresceu. Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Educação 2018, divulgada nesta quarta-feira (19).
No Estado, 16,3% da população com 60 anos ou mais é analfabeta. A maior queda – de 3,6 pontos percentuais –, contudo, foi nesta faixa etária. Em 2016, eram 19,9% idosos que não sabiam ler e escrever.
O analfabetismo entre as mulheres também teve queda em dois anos – era de 21,1% em 2016 e caiu para 18,2% em 2018. Mas, entre 2017 e 2018, houve aumento na taxa entre as mulheres de todas as idades, principalmente entre as idosas.
No ano retrasado, 16,6% das mulheres com 60 anos ou mais não sabiam ler e escrever, percentual que aumentou 1,6% em 2018, quando 18,2% foram consideradas analfabetas.
Em 2017, eram 104 mil pessoas em Mato Grosso do Sul que chegaram aos 15 analfabetos – 5% da população nesta faixa etária. O percentual se manteve o mesmo em 2018.
Desigualdade racial – A pesquisa escancara a desigualdade racial na educação, também em Mato Grosso do Sul. A taxa de analfabetismo é o dobro entre os pretos ou pardos se comparada com o índice registrados entre os brancos, em todas as idades.
Enquanto em 2018, 23,4% dos negros ou pardos com 60 anos ou mais eram analfabetos, dentre os brancos da taxa era de 10,6%.
Dentre as pessoas que têm de 40 a 59 anos, a porcentagem é de 11,6% entre os pretos e 6,4% entre os brancos.
No País - Os resultados do módulo de Educação da Pnad Contínua revelam que houve melhora em praticamente todos os indicadores educacionais do Brasil, porém que persistem as desigualdades regionais, de gênero e de cor e raça.
O analfabetismo no Brasil caiu entre 2016 e 2018. Na faixa entre 15 anos ou mais, passou de 7,2% em 2016 para 6,8% em 2018. No ano passado, eram 11,3 milhões de brasileiros nesta condição.