Apae afirma não ter relação com ex-coordenador preso suspeito de desvio de verba
Em nota, a Associação relata que foi vítima da situação e que tem colaborado integralmente com as autoridades
Após a segunda prisão de Paulo Henrique Muleta, ex-coordenador da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), a entidade divulgou nota em que afirma não ter qualquer relação com o investigado e reforça estar colaborando integralmente com as apurações desde o início das investigações.
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Após a prisão de Paulo Henrique Muleta, ex-coordenador da Apae, a entidade afirma não ter relação com ele e colabora com investigações. Muleta é suspeito de desviar R$ 8 milhões usando empresas de fachada para simular vendas à saúde pública. A operação Occulto, do Gaeco e Gecoc, prendeu Muleta e outros envolvidos, revelando crimes de lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. A Apae, com 57 anos de atuação, reforça seu compromisso ético e transparente. Muleta já havia sido preso em 2023 por desvio de recursos.
A Apae destaca que foi vítima da situação e que, ao longo de seus 57 anos de existência, “sempre atuou com ética, seriedade e total transparência na gestão dos recursos, prezando pelo compromisso com as pessoas com deficiência e suas famílias”.
A instituição também afirma que jamais compactuou com irregularidades e mantém dedicação exclusiva ao atendimento e bem-estar dos seus usuários.
Paulo Henrique Muleta de Andrade foi preso pela segunda vez na manhã desta segunda-feira (11), na Operação Occulto, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), com apoio do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção). A ação ocorreu em Campo Grande e Camapuã, onde foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.
A investigação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) aponta que, desde 2021, o ex-coordenador da associação e outros suspeitos utilizaram empresas de fachada para simular a venda de produtos à rede pública de saúde e desviar recursos repassados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) para atender pacientes ostomizados.

O prejuízo estimado é de R$ 8.066.745,25. Os desdobramentos da investigação revelaram a continuidade da prática criminosa, com reiterados crimes de lavagem de dinheiro, usados para ocultar o destino do montante desviado dos cofres públicos.
Além disso, um dos investigados é acusado de obstrução da Justiça. Mesmo submetido a medidas cautelares, ele teria tentado dificultar as investigações ao burlar uma ordem judicial de sequestro de bens e afastar cerca de R$ 500 mil de seu alcance.
O nome da operação, Occulto, faz referência às estratégias utilizadas para ocultar o dinheiro desviado. A escolha também considera o pedido de cidadania italiana feito por Paulo Henrique, supostamente com a intenção de deixar o país. Ele já havia sido preso em dezembro de 2023, na Operação Turn Off, pelo desvio de recursos públicos.
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