Apesar de interessados em MS, só cidades de SC assinaram protocolo da Coronavac

Mato Grosso do Sul e outros 11 estados que já procuraram o governo de São Paulo interessados em comprar doses da vacina Coronavac, contra o novo coronavírus. Mas apesar disso, apenas Santa Catarina assinou até o momento um protocolo de interesse com o Instituto Butantan, parceiro da empresa chinesa Sinovac para produção do medicamento.

A Fecam (Federação Catarinense de Municípios) assinou o protocolo de intenções ontem a tarde, com o Instituto Butantan, em São Paulo. Após a aprovação, os municípios de Santa Catarina então poderão comprar as doses da vacina independentemente do governo do Estado.

De acordo com o Butantan esse protocolo formaliza a intenção de adquirir as doses vacina. Mas os demais estados, incluindo Mato Grosso do Sul, sinalizaram que poderiam comprar o imunizante, mas ainda não formalizaram o interesse.

Durante a assinatura do protocolo, não foram detalhados sobre quando as vacinas poderão ser aplicadas pelos municípios catarinenses e nem o valor que será investido, mas na  o presidente da Fecam, Paulo Weiss, afirmou em entrevista ao G1, que a previsão é depois do dia 25 de janeiro, data anunciada para o começo da aplicação das doses em São Paulo.

Outros estados que também manisfestaram interesse na Coronavc foram Acre, Pará, Maranhão, Rondônia, Piauí, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Sul, nenhum desses também formalizou a intenção. Além de São Paulo. Sendo 913 cidades interessadas no imunizante.

Doses - Nessa semana, o governador de São Paulo, João Dória, anunciou que foram compradas mais de 45 milhões de unidades do imunizante e que 4 milhões seriam ofertadas a outros estados.

São Paulo já recebeu 120 mil doses prontas da CoronaVac. Além de uma carga de insumos que poderá ser convertida em até 1 milhão de doses adicionais. Ao todo, pelo acordo fechado, o Butantan receberá do laboratório chinês 6 milhões de doses prontas para o uso e vai formular e envasar outras 40 milhões de doses.

E ontem (10), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou temporariamente o uso emergencial de vacinas contra a covid-19, em caráter experimental. Na prática, abre espaço para que as empresas possam fazer o pedido de emergência.

 Mato Grosso do Sul - Esta semana, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) anunciou que tem reservados R$ 100 milhões para aquisição de doses para proteger grupos de risco contra a covid-19, que já matou 1,8 mil pessoas em Mato Grosso do Sul. Pelas estimativas, serão necessárias 700 mil doses para imunizar idosos acima dos 60 anos, índios, profissionais de saúde, educação e segurança.

Reinaldo participou de uma videoconferência com o ministro da Saúde Eduardo Pazuello e defendeu que o Ministério da Saúde organize e execute o plano nacional de vacinação da população brasileira, assim como já existe a imunização contra hepatites, poliomielite, sarampo e outras doenças.

Contudo, caso isso não ocorra, Reinaldo anunciou que o Estado tem em caixa cerca de R$ 100 milhões que podem ser usados na compra das vacinas.