MS prevê 700 mil doses para grupos de risco
Pelo menos 700 mil doses de vacina contra o novo coronavírus vão ser necessários para imunizar os grupos prioritários em Mato Grosso do Sul, segundo dado apresentado pelo governador Reinaldo Azambuja, que participou de forma remota, por telefone, de reunião virtual entre governadores e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nesta terça-feira (8).
O governador defende que a imunização contra a doença causada pelo coronavírus seja feita pelo Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Imunizações, mas adiantou estar preparado para adquirir as doses, se for preciso.
Na definição de prioridades, estão os idosos acima de 70 anos, índios e profissionais de saúde e de educação. O valor envolvido não foi divulgado.
A origem do medicamento não importa, destacou Reinaldo, escapando à politização do tema que vem sendo frequente. "Vamos fazer todo esforço para trazer a vacina, não importa de onde venha, essa questão de paternidade aí, se vem da China, é bem-vinda em Mato Grosso do Sul e nós queremos disponibilizar. Temos recursos disponíveis para comprar, o Governo do Estado está reservando”, citou.
Já conversei com São Paulo, com o João Dória e a equipe do Butantan da possibilidade. Agora o Plano Nacional de Imunização, quem coordena é o Ministério da Saúde”, completou o chefe do Executivo. O secretário de Saúde, Geraldo Rezende, acompanhou Reinaldo na conversa.
São Paulo anunciou para janeiro o começo da imunização com a Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantã em parceria com a chinesa Sinovac.
"Se o Ministério não fizer a coordenação ou não aceitar a paternidade de alguma vacina que possa ser aprovada, não tenha dúvida que nós vamos adquirir para Mato Grosso do Sul. Vamos comprar e disponibilizar para o Plano de Vacinação, que deveria ser organizado pelo Ministro da Saúde”, havia declarado Reinaldo antes mesmo da reunião com Pazuello.
Segundo as informações repassadas por Pazuello na reunião com governadores e secretários, parte deles presencialmente e a outra de forma remota, pode ser que até o fim de fevereiro haja alguma vacina aprovada no Brasil. Ele contou que o País fechou acordo com a Oxford/AstraZeneca para adquirir 160 milhões de doses e aderiu ao consórcio Covax Facility para adquirir mais 42 milhões de doses.
Esse montante é insuficiente para imunizar toda a população brasileira já que são necessárias duas doses por pessoa. Até o momento, nenhuma vacina obteve o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).