Marquinhos recorre a Dória para comprar 200 mil doses da vacina Coronavac
Governo de São Paulo comprou 46 milhões de unidades do medicamento, produzido pelo Instituto Butantan e pela chinesa Sinovac
A prefeitura de Campo Grande já está em tratativas com o governo de São Paulo para comprar doses de vacina contra a covid-19, doença que já matou mais de 800 pessoas na cidade. Ao Campo Grande News, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que não pretende esperar que uma iniciativa do tipo venha de governo estadual ou federal e já começou a negociar.
Segundo ele, a intenção é comprar 200 mil doses da Coronavac, imunizante em desenvolvimento pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, cuja distribuição foi anunciada para janeiro do ano que vem pelo governador paulista João Dória (PSDB).
Não foi divulgado ainda o custo envolvido, mas em protocolo firmado com o Ministério da Saúde, cada dose sairia por dez dólares, o equivalente a algo próximo de R$ 50, considerando a cotação da moeda dos Estados Unidos nos últimos dias.
Com esse valor, a quantidade de doses desejada por Campo Grande custaria R$ 10 milhões.
Nas contas do prefeito, serão necessárias 80 mil doses para imunizar os idosos, grupo prioritário. As outras 120 mil serão para outros cidadãos incluídos em populações de risco, como profissionais de saúde e de educação.
Indepedente de Bolsonaro, Doria, Reinaldo, já entrei em contato com o governo de São Paulo e disse que tenho interesse”, afirmou o prefeito.
Programa anunciado - Ao anunciar o programa de vacinação com a Coronavac, o governador de São Paulo disse que pretendia oferecer 4 milhões de doses da vacina para outros estados, de um total de 46 milhões de doses compradas. A vacina ainda precisa ser aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) antes de ser distribuída e aplicada.
Nas palavras de Dória, o prefeito eleito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), já solicitou o antígeno, assim como Eduardo Paes (DEM), eleito no Rio de Janeiro. Paes negou e disse que vai esperar um programa federal.
Campo Grande, como afirma Marquinhos, está entre as primeiras prefeituas a agir para ter a vacina logo.
Sobre a autorização da Anvisa, que ainda não saiu, o prefeito é categófico. “Se tiver selo de autenticidade, para mim é o suficiente”, disse.
Se o Doria falar, disponibilizo, eu compro”, completou.
De acordo com o prefeito, há recursos disponíveis e podem ser alocados também valores dos fundos específicos para o combate à pandemia de covid-19.