Campo-grandense consegue sair de Israel após 4 dias de espera

O advogado campo-grandense Ely Silveira, de 35 anos, está prestes a se livrar do pesadelo vivenciado em Israel. Finalmente, ele conseguiu embarcar por volta das 10h30, desta quarta-feira (11), pelo avião da FAB (Força Aérea Brasileira). A viagem dura 14h, ou seja, a previsão é de chegar ao Brasil 00h30.

“O voo é para o Rio de Janeiro. Na verdade, por agora, não vou para Campo Grande. Não sei ainda para onde eu vou, meus pais falaram para eu ir para Campo Grande para descansar, minha irmã falou para eu ir descansar na casa dela, em Floripa. Eu não decidi ainda”, diz.

Ely estava hospedado desde a última segunda-feira (2) na casa dos tios brasileiros, que moram há mais de 20 anos em Ashkelon. Como estava de férias, planejava viajar para a Croácia, no sábado (7), pela manhã, saindo do aeroporto de Tel Aviv, localizado na costa israelense. Neste mesmo dia começaram os ataques com o grupo palestino Hama.

Com isso, o voo foi trocado para domingo (8) à noite e depois cancelado e remarcado para a noite desta quarta-feira.

No entanto, Ely conta que na segunda-feira (9), a companhia lhe enviou uma mensagem para procurar a embaixada do Brasil e verificar as opções de saída do país.

“Nesse período eu já havia percebido que a companhia estava muito incerta, e já me inscrevi na FAB ainda no domingo e hoje graças a Deus chegou minha vez”, comemora.

O advogado conta que o aeroporto onde estava possui segurança avançada, com sistema de defesa antimísseis e sistema de alerta com sirenes.

Esta é a terceira vez que o campo-grandense, que hoje mora no interior de Santa Catarina, viaja do Brasil para Israel. "A minha imagem de Israel não vai mudar e não vou ter medo de voltar. A gente sabe que sempre existe um risco", diz.

O conflito - A disputa territorial entre palestinos e judeus se arrasta por décadas, com marcos históricos e religiosos. O reinício ocorreu quando o grupo palestino Hamas atacou Israel no sábado.

O governo israelense declarou guerra e faz operações de retaliação. É considerado o maior conflito armado na região nos últimos anos. Não há registro de brasileiros vítimas dos ataques, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores.

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