"Chuva de picumã" invade casas em distrito, resultado de queimadas a quilômetros
Sinônimo de fuligem, o picumã invadiu casas no Distrito de Vista Alegre, em Maracaju, e pode ter vindo de incêndios na fronteira
Uma “chuva de picumã” chamou a atenção de morador do Distrito de Vista Alegre, em Maracaju, a 160 quilômetros de Campo Grande. Além da nuvem de fumaça que cobria o céu nesta terça, a fuligem tomou conta das casas ontem. Picumã é o nome dado a essa teia preta, resultante da fuligem.
De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil de Maracaju Roberto Carlos de Campos, a fuligem provavelmente seja resultado de incêndio em vegetação no município de Ponta Porã.
“Nós não registramos pontos grandes de calor aqui em Maracaju, mas Vista Alegre fica na divisa com Ponta Porã, mais ou menos uns 18 quilômetros e foram registrados pontos de calor lá, como se trata de outra Defesa Civil a gente não sabe o nome certo da fazenda”, explicou.
Ao Campo Grande News, ele explicou que o morador Gustavo Albrecht procurou a Defesa Civil para falar do acontecimento que chamou a atenção.
“A gente coloca chuva de picumã como figura de linguagem porque picumã não chove né. Mas verificamos nos satélite e é possível verificar a existência muitos pontos de calor concentrados em um raio de 7 quilômetros, mas no lado de Ponta Porã”, destacou.
Conforme explicado, o picumã invadiu a casa do morador na tarde de ontem, mas a fumaça cobria o céu do Distrito ainda na manhã de hoje.