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Cidades

Clima seco e fumaças deixam sistema respiratório de bebês mais vulnerável

Segundo Fiocruz, Sul e Centro-Oeste foram as regiões que mais apresentaram aumento na taxa de internação

Por Kamila Alcântara | 15/07/2024 17:58
Equipe médica em processo de hospitalização de bebê (Foto: Agência Brasil)
Equipe médica em processo de hospitalização de bebê (Foto: Agência Brasil)

Com quase 50% dos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em crianças com meses de vida a 9 anos no Mato Grosso do Sul, o Centro-Oeste e o Sul são as regiões com mais internação de bebês com pneumonia, bronquite e bronquiolite em unidades do SUS (Sistema Único de Saúde). Os dados foram divulgados pelo Observatório de Saúde na Infância, em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), nesta segunda-feira (15).

De acordo com o último boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), dos 4,5 mil casos confirmados este ano, mais de 2,2 mil foram em crianças. A Fiocruz destaca que o frio intenso e as queimadas associadas ao clima seco, respectivamente, contribuem para deixar o sistema respiratório das crianças mais vulneráveis.

Para o infectologista Julio Croda, a questão da queimada está associada ao maior número de admissões, ou eventualmente procura a emergência por conta de sintomas respiratórios associados a eventos principalmente alérgicos.

"Não existe uma relação causal da queimada com transmissão de vírus respiratórios, mas sim maior admissão de crianças com sintomas respiratórios por conta das queimadas e por conta de processos alérgicos. Dessa forma, a gente pode observar um aumento de hospitalização dessas crianças, seja decorrente da maior transmissão dos vírus respiratórios associado a essa alteração climática, seja por conta da fumaça que eleva o número de casos de eventos alérgicos", explica Júlio.

Ainda segundo o relatório, em todo país, o SUS desembolsou R$ 154 milhões em 2023 para tratar os bebês internados, cerca de R$ 53 milhões a mais que o ano pré-pandêmico de 2019. Os dados de internação utilizados no estudo foram obtidos no Sistema de Internações Hospitalares do SUS e os dados de nascimento foram extraídos do Sistema Nacional de Nascidos Vivos entre os anos de 2008 e 2023.

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